Na memória: o dia que o gremista Tcheco tentou partir pra cima de um dirigente rival

Sujeito de bom trato, habilidade com as palavras e, por que não, classe em campo, Tcheco saiu de si na Arena da Baixada, em 2007, pelo Brasileirão, durante a derrota de 2×0 do Grêmio para o Athletico, que na época ainda era apenas Atlético-PR. Expulso na partida, o capitão gremista do time treinado por Mano Menezes se revoltou com uma provocação e tentou partir pra cima de Mário Petraglia, tradicional dirigente do Furacão e presidente do Conselho do clube.

Veja também:
1 De 1.184

O antigo meia relembrou a história com riqueza de detalhes em live com o jornalista do Grupo RBS, Duda Garbi, nesta quarta-feira. Segundo Tcheco, aquele foi um dos dias de toda a sua vida que ele mais perdeu a “linha de raciocínio”.

“Eu acabei sendo expulso e deixei o campo atrás do gol pra matar tempo. Tem um protocolo até hoje no Grêmio que o jogador expulso é sempre acompanhado pelo segurança Fernandão. Eu estava muito irritado. Foi um dos dias da minha vida que eu mais perdi a linha de raciocínio. Fiquei cego. O vestiário da Arena da Baixada na época era como é atualmente a Arena. Um saguão e depois os dois vestiários de cada lado. Estou indo com o Fernandão pro lado do Grêmio e aparece o Petraglia gritando pra mim na outra porta: “Seu coxinha de m…, jogadorzinho, vou acabar com a tua carreira”. Porque eu tinha uma história no Coritiba. Nisso, eu fiquei possuído. Ele falou e logo fechou a porta. Eu me separei do Fernandão e fui correndo. Só que eu estava com aquelas chuteiras de trava e escorreguei, caí no chão. Aí veio seguranças do Athletico pra me segurar. Teve um deles que até rasgou minha pele puxando, tenho marca até hoje”, relembrou Tcheco.

Não foi só Tcheco que brigou

O ex-capitão relembrou provocações feitas por jogadores do time paranaense, que usaram como trunfo a derrota ainda recente do Grêmio para o Boca Juniors na decisão da Libertadores do mesmo ano. Aquela noite também marcou a briga de Eduardo Costa com Claiton, que saiu de campo gritando “chocolate” e levou uma voadora do gremista pelas costas.

Tcheco, Eduardo Costa e Claiton precisaram prestar depoimentos à polícia no fim da partida – relembre mais detalhes na reportagem feita na época pelo Globoesporte.com.

“Começou dentro do campo. Depois que fizeram 2×0, a torcida começou com “olé”, aquela coisa toda. Fazia umas duas ou três semanas que tínhamos perdido a final da Libertadores para o Boca. Aí alguns jogadores deles começaram a falar pra nós “olha o Riquelme aí”, “olha o Palermo” e aquilo foi irritando. O Eduardo Costa ficou maluco também. Na saída, ele esperou atrás de um pilar e quando apareceu o Claiton ele foi pra cima”, completou o ex-capitão.

Treinado por Mano Menezes, aquela equipe gremista não conseguiu a vaga para a Libertadores de 2008. O técnico deixou o clube na virada de ano rumo ao Corinthians e Vagner Mancini abriu o ano no tricolor, mas logo foi trocado por Celso Roth.

você pode gostar também