
Após decidir bancar Jemerson no time titular do Grêmio, mesmo diante da pressão e das cobranças da torcida, o técnico Mano Menezes avaliou ter feito a escolha correta na vitória de 1×0 sobre o Santos, na Arena, pelo Brasileirão. O treinador, que descartou montar a sua zaga com dois canhotos, explicou o que pensa para o setor defensivo e cobrou evolução no posicionamento dos jogadores:
“Achei que o Jemerson fez um jogo bom lá na Bahia, contra o Vitória. Zagueiro precisa muito de posicionamento, muito. 99% das vezes o atacante é melhor que o zagueiro. Então você não pode ficar correndo atrás de atacante, você vai passar vergonha. O atacante é rápido, é mais habilidoso. O defensor precisa minimizar essa diferença com o posicionamento. Quando a equipe está bem posicionada, como esteve hoje, ele ganhou os duelos e jogou bem. Quando a equipe não está tão bem posicionada, ele vai ter dificuldades igual outros terão em qualquer outro lugar”, comentou.
Outras análises individuais de Mano foram feitas sobre Cristaldo e Monsalve, que ainda buscam o melhor futebol pelo Grêmio. Para o treinador, ambos estavam sofrendo com o modelo de jogo adotado anteriormente:
“Eu acho que eles sofrem muito em função de tudo que estava acontecendo. Das dificuldades da equipe, da saída de bola. A equipe jogava muito direto, e quando a equipe faz isso, por escolha da ideia, os meias, que são os sujeitos que precisam e gostam da bola, veem a bola passar muito por cima deles. Se a bola passar muito por cima deles, eles não tem característica de disputa e começamos a discutir o jogador. Se queremos ter meia, precisamos jogar um futebol que privilegie o meia e faça ele jogar com prazer”, acrescentou Mano.

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Outras falas de Mano Menezes em sua coletiva:
“A questão de jogar dois canhotos em uma dupla de zaga é rara. O canhoto, por si só, tem uma lateralidade maior, que às vezes dificulta. Por isso que às vezes dois destros jogam e dois canhotos não jogam, não é só por uma questão de preferência. É por isso que ao longo do tempo dificilmente se vê um canhoto jogando de lateral-direito, mas o contrário acontece”
.
“O torcedor nunca exigiu coisas extraordinárias, a não ser um comportamento de luta e de entrega para defender as suas cores. E eu acho que isso a gente não pode esquecer nunca. Tem momentos que vamos ter dificuldades técnicas, táticas, mas mesmo assim temos que ultrapassar isso com o torcedor“