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Maicon explica polêmica do “arrego” e descarta aproximação com Dourado, mas torce: “Que ele possa voltar”

Volante gremista concedeu entrevista ao jornalista Duda Garbi, do Grupo RBS, no YouTube

Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, no YouTube, o volante gremista Maicon voltou a falar da forte rivalidade gaúcha e de temas recorrentes sobre a sua participação em Gre-Nais, como a polêmica do “arrego” em um clássico de 2018 e a troca de farpas com Rodrigo Dourado.

Inicialmente, o camisa 8 defendeu as provocações gremistas após os clássicos e garantiu que elas seguirão sendo feitas em caso de novas vitórias:

“Porto Alegre é pequena, toda hora tu encontra os rivais. Tem vezes que tem aniversário de filho de alguém, tu vê um colorado. Vou, falo, com respeito. Mas em campo eu respeito o meu lado e defendo o meu lado. Se eu ganho, tiro onda. Se eu perder, vou pra casa. Tem que ser igual pros dois lados. Enquanto seguirmos ganhando, vai ter. Acabou, não tem jeito”, comentou.

A polêmica do arrego e Rodrigo Dourado

Na rodada final da primeira fase do Gauchão de 2018, o Grêmio venceu o Inter por 2×1 no Beira-Rio e depois do jogo nomes como D’Alessandro, Moledo e Lomba foram ao vestiário gremista. Na versão de Maicon, eles pediram uma trégua nas provocações e brincadeiras, algo que a torcida gremista passou a chamar de “arrego”.

“Jogador com jogador, a gente se respeita. Cada um defende o seu e ponto, nada além. Já falei várias vezes, e do outro lado nunca ninguém se pronunciou, pois eu falei a verdade. A gente vinha de conquistas e estávamos revertendo o cenário a favor deles. Quando é com eles é legal, pode zoar? Pode pegar caixão, dançar valsa? E na nossa vez não pode? E o pedido deles foi para parar de fazer 1 minuto de silêncio, essas coisas. E nós respondemos que quando eles estavam ganhando, eles faziam. E falamos que não, que iríamos continuar. E segue até hoje. O que tem de errado nisso?”, perguntou.

Em seguida, o volante do Grêmio detalhou como começou o atrito com Rodrigo Dourado no Gre-Nal vencido pelo Inter por 1×0, no Beira-Rio, pelo Brasileirão – até hoje a última vitória colorada em clássicos. Por dores na panturrilha, Maicon ficou de fora da partida, mas acompanhou o grupo.

“Na real, aquele dia eu estava machucado da panturrilha, e pedi pelo amor de Deus pro Renato pra jogar. Falei pra jogar nem que eu ficasse fora de outros cinco. E ele me disse que não era final e que teríamos outros jogos pela frente. A lesão poderia agravar. Quem está de fora, não sabe disso. Falam assim, que o cara tem 30 anos e só se machuca. Mas os de 20 também, direto. A gente vê no clube e em outros lugares também. Somos atletas de alto rendimento. Queria jogar de qualquer jeito, mas fiquei de fora. Fui pro hotel da concentração, fui pro estádio para estar com o grupo e no final do jogo, perdemos de 1×0, e os vestiários são próximos. Eu estava na porta do meu vestiário esperando meus colegas e cumprimentando eles. Aí passou o Damião, falou pra mim que “tem que respeitar” e começou a confusão. Nem tinha sido com ele. Quando ganha, é fácil falar. Quero ver falar antes dos jogos. Aí passou na zona mista e algum repórter apimentou mais, perguntou e o Dourado falou que não me viu no campo. Assim como eu sacudi eles em vários jogos e eu não achei ele em campo. Gauchão, 5×0, 3×0… tu está na empolgação do jogo, mas tem que saber separar. Quem fala o que quer, escuta o que não quer. Ele ganhou um, e os outros 10? Que eu só perdi 1? Ele esqueceu? Não vale? Falou, vai escutar”, declarou.

Por fim, Maicon descartou uma aproximação com Dourado no sentindo de amizade, mas declarou torcer por sua volta aos gramados. O colorado ainda não tem prazo para voltar, embora já treine com o grupo. Ele passou por duas artroscopias no joelho esquerdo e não joga desde 10 de julho de 2019.

“Não existe ponte. Não tem isso. A ponte é o respeito de atleta pra atleta. Profissional, pai de família. Eu sou sujeito homem. Não tem ponte com ninguém. É o respeito e deu. Se um dia tiver algum amigo meu lá dentro, aí é outra coisa. Problema com o meu amigo eu resolvo pessoalmente. Mas eu nunca joguei com alguém de lá, só o Boschilia, no São Paulo, e a gente conversa e se dá bem. Mas não tem ponte pra resolver nada. O que aconteceu fica no campo. Ele está aí um ano parado e tomara que ele possa voltar. Espero que a gente jogue mais algumas vezes e que vença o melhor. Acabou”, concluiu.

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