Maicon, antes de rescindir, avisou aos dirigentes do Grêmio que o “novo” estilo de jogo não daria certo, diz jornalista

Volante ex-gremista segue sem clube no aguardo de novas propostas para seguir a carreira

Durante o programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha, nesta terça-feira, o jornalista e comunicador Alex Bagé, que é gremista assumido, trouxe mais alguns detalhes de bastidores sobre a saída de Maicon do clube ainda no final da temporada passada. Segundo o comentarista, o então camisa 8 teve uma conversa com a direção “avisando” que o estilo de jogo do time, que na época estava nas mãos de Felipão, não daria certo.

A última partida de Maicon com a camisa do Grêmio foi na derrota de 1×0 para o Corinthians, na Arena, quando ele inclusive saiu expulso de campo por se irritar com o árbitro Ricardo Marques Ribeiro.

“A saída do Maicon, que agora anda dando algumas entrevistas e estão saindo pitadas de coisas que ele não tinha falado, gerou um atrito grande. Ele chega internamente e diz pra direção do Grêmio, na época do Felipão: ‘Do jeito que querem jogar, não temos característica para fazer, vai mudar tudo’. E ali se entregou pro Maicon uma rescisão do tipo assim: ‘Maicon, chega de tumulto, vai embora e segue o jogo’. E o Grêmio continua com jogadores assim, mas garotos. De repente é o momento de pensar diferente”, disse Bagé.

Veja o relato a partir de 39:30 do vídeo abaixo:

Maicon, na semana passada, voltou ao noticiário do Grêmio ao admitir que foi “mandado embora” do clube durante entrevista dada à TV Bandeirantes do Rio de Janeiro:

“Na real, foi uma situação que na minha saída eu estava bem chateado pela maneira como foi. Eu tinha uma lesão que estava me atrapalhando bastante e as pessoas do clube sabiam. E sabiam o meu comprometimento lá, porque tinha vezes que eu chegava de manhã e saía à noite pra tentar ajudar. O time estava mal. Meus colegas falavam: ‘Pô, a gente precisa de ti, vamos jogar’. E eu ia. Mas me atrapalhava, porque eu voltava de lesão e já emendava, jogava machucado e agravava mais. Mas comigo não tem conversinha, os caras me mandaram embora. Debati situações que eu não concordava no momento do clube. E eu fui bem firme nas minhas colocações. Tinha sete anos de casa. Falei coisas que acabaram não gostando. Mesmo machucado, eu ia até o fim com o time”, recordou Maicon, para depois concluir:

“Eu cobrava, porque o nosso clube brigava sempre pra ser campeão. Sair da parte inferior da tabela é mais difícil. Grêmio não está acostumado com isso. Outros times disputam o campeonato pra escapar. Nós não. Eu cobrava. A gente acabou se desentendendo e acarretou na minha saída”.

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