Mantendo a habitual transparência que demonstra em todas as entrevistas que dá, Maicon, nesta quarta-feira, ao podcast Célula de Sucesso, admitiu ter sido “mandado embora” do Grêmio durante a temporada de 2021 e com o Brasileirão em andamento. Ídolo do clube, ele vinha tendo sucessivos problemas físicos e o último jogo foi na derrota em casa para o Corinthians, onde partiu para cima do árbitro Ricardo Marques Ribeiro e levou cartão vermelho.
“Estava tudo caminhando para o fim do contrato, mas ter sido dispensado assim foi pesado. Quase sete anos de clube depois de tudo. Mas paciência. Foi um momento difícil, de lesão e não poder ajudar. Eu tive uma lesão no púbis no começo do Brasileirão. Estava jogando e treinando com essa dor, que foi agravando. Agora, depois que eu voltei a fazer fisio, que está dando uma aliviada, mas não estou 100%. Não sei como vai ser”, colocou.
Maicon entende que poderia ter ajudado o Grêmio a evitar o rebaixamento se tivesse continuado no elenco:
“Acredito que sim (teria ajudado). Eu tinha boa relação com todos, era um cara que quando tinha algo para falar dizia na cara, isso fiz muitas vezes. Em um grupo de 35 jogadores você não vai ser amigo de todo mundo, tem aqueles mais próximos, mas dentro do campo todos devem ser um só. Sempre disse: “Podem não gostar de mim, mas lá dentro (do campo) todos se ajudam”. Geromel e eu éramos os mais antigos do grupo, depois chegou o Kannemann. A gente resolvia tudo, não tinha vaidade. Quando começa a perder peças, formar um novo grupo é complicado”, ampliou.
E MAIS; Maicon confirma em entrevista ao podcast CelulaDSucesso que foi “mandado embora” do Grêmio.
Ante-ontem, Denis Abrahão criticou o antigo departamento de futebol por ter tomado tal decisão. Marcos Herrmann estava na linha de frente do futebol. pic.twitter.com/T4hx1lfBer
— FBI Tricolor (@FBITricolor) December 15, 2021
Dirigente falou de Maicon na segunda-feira
Em coletiva dada na última segunda-feira, o atual vice de futebol do Grêmio, Denis Abrahão, citou a saída de Maicon como uma das razões para o rebaixamento:
“Houve fatos pequenos, que se tornaram muito grandes por falta de gestão. Não vi gestão no departamento de futebol, teve a ruptura com um jogador líder do grupo no meio de um campeonato. Isso é mortal, um cara do tamanho do Maicon e de grandeza técnica não pode sair da forma como saiu. Isso é um canhão no vestiário”, declarou o dirigente.
Aos 36 anos de idade, o volante segue trabalhando a parte física para retornar aos gramados em outro clube na temporada que vem.