Se jogar com o mesmo time que caiu de divisão, não sobe. Este é o aviso do técnico Lisca sobre o planejamento do Grêmio, que foi rebaixado no Brasileirão de 2021 e agora vem intensificando a modificação no elenco para encarar a nova Série B. Em entrevista concedida ao jornalista Duda Garbi, o profissional gaúcho falou mais detalhadamente sobre as características da segundona:
“Se jogar com o mesmo time da Série A, não sobe. Série B é diferente. Tem que mudar perfil. Você precisa ter fome. Precisa de jogadores querendo. Não adianta também ter 65% do elenco só de meninos da base. Tem que ter um treinador que conheça a competição. É outro mercado, outro tipo de jogo. Tem jogador de Série B que tem muito nível, como o Lucas Crispim que foi pro Fortaleza”, avaliou.
Lisca foi vice da Série B de 2020 com o América-MG e na última edição esteve em um curto período no Vasco da Gama, onde o trabalho, como ele próprio assume, não andou:
“O Vasco fez um time de jogadores que estavam na Série A e que não estavam em um momento positivo. Não vou dizer que era retrocesso, mas era quase que uma dificuldade na carreira. Não é esse perfil que se precisa ter para a Série B também”, ampliou.
O treinador negou ter sido procurado pelo Grêmio durante as constantes trocas de treinadores deste ano, mas deixou claro que diria “sim” ao tricolor:
“Não fui procurado. Mas com certeza (trabalharia no Grêmio). Vejo o meu nome bem cotado quando tem pesquisa nos sites. As pessoas esquecem que trabalhei no clube em 2005, ajudei a reformular a base, muita coisa foi trocada. Treinei Anderson, Grohe, Lucas Leiva, Samuel. Aí cometi o erro de ter ido pro Fluminense na ocasião. Eu sou um profissional, e sei que muita gente dentro do Grêmio me conhece e conhece meu trabalho”, finalizou.