A semana iniciou marcada pelas duríssimas críticas feitas pelo técnico Jorge Fossati ao ex-zagueiro Bolívar, que foi seu titular absoluto no Inter durante o primeiro semestre de 2010. Entre outras coisas, ao portal Vozes do Gigante, o uruguaio declarou que ele “não sabia nada de tática” e que era “influência negativa no grupo”.
Ao site Revista Colorada, o atual treinador do Vila Nova-GO admitiu ter ficado chateado ao tomar conhecimento das palavras do seu ex-comandante:
“Eu vi essa entrevista e fiquei meio chateado. Não é verdade, é só perguntar para quem trabalhou comigo. Se fosse assim não teria sido capitão do clube por tanto tempo”, disse Bolívar.
Leia abaixo o que exatamente falou Fossati e confira a sua entrevista ao Vozes do Gigante:
“Não concordo com alguém como Bolívar que não tinha, não sei hoje, naquele momento a mínima condição de discutir o treino. Ele não era treinador nem preparador físico. Se eu quiser dirigir o programa de vocês, vai dar confusão. Vocês que são os especialistas nisso. Então, Bolívar, faz o teu trabalho, meu filho. Não olha para o lado como sempre olhava procurando culpados. Essa é a verdade”, disparou.
“Não falo que era problema comigo. Quando eu digo que não tenho bom relacionamento com alguns jogadores, não é por problema comigo, se sou bom ou mau treinador, nem dou bola. Agora, se jogador fica sendo negativo para o grupo, vira meu inimigo. Ninguém vai mexer com o grupo por cima de mim. E ele não era positivo para o grupo. Entre os jogadores, há “códigos” e eu respeito muito isso. Tenho certeza do que falo, 90% dos outros jogadores, se não fossem esses códigos, eles também diriam que o Bolívar era negativo para o grupo. Entre outras coisas, porque ele achava que era mais que os companheiros, que tinha a voz mais forte entre os companheiros. Outros ali tinham a mesma experiência que ele, mas talvez não tinham o relacionamento especial com o Fernando (Carvalho, vice de futebol à época)”, destacou, para depois encerrar:
“Os boleiros não gostam de ter companheiros desse jeito. Os próprios companheiros rejeitam. O puxa-saco do diretor. Não falo diretamente do caso do Bolívar. Mas falo que quando um jogador tem muito relacionamento com o diretor, com papos por baixo da mesa, os demais jogadores identificam e não gostam. Falo no geral. De tática, de questão tática, o Bolívar não sabia nada”.