Depois de denúncias de suposto vazamento e uso de dados de associados na campanha eleitoral, a Chapa 03, encabeçada pelo candidato à presidência José Aquino Flôres de Camargo, foi impugnada a concorrer no Inter no pleito do dia 15 de dezembro em decisão da Comissão Eleitoral do clube por 4 votos a 2 – a resolução também impede os conselheiros nominados pela chapa a concorrer.
De acordo com o regimento interno do Internacional, não há como a chapa recorrer em âmbito administrativo, sendo a decisão encarada como “irrevogável”. Aquino, em entrevista ao portal GaúchaZH durante a quinta-feira, prometeu recorrer à Justiça Comum, o que pode gerar um grande impasse nas eleições:
“Sou um homem de passado honrado. Agora sou alvo de uma armadilha bem orquestrada e que vai ser demonstrada. Essa decisão é um absurdo, um golpe. Vou fazer o que tiver de ser feito para resgatar a minha dignidade e a do Inter. Chapa 3 deverá judicializar”, lamentou o candidato.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, a presidente do Conselho Deliberativo do Inter, Lenize Doval, abriu cenários a partir de agora para as eleições:
“Obedecendo ao artigo 34 do regulamento, os cargos omissos são julgados pela Comissão Eleitoral. Se vai outra chapa ao pátio, ou se haverá um referendo à Chapa 5, será decidida colegiadamente pela comissão”, declarou.
José Aquino (Chapa 03 – Reage Inter) e Alessandro Barcellos (Chapa 05 – O Inter Pode Mais) foram os dois candidatos à presidência mais votados no 1º turno da eleição, no Conselho. Ambos deram entrevista nesta semana ao Zona Mista sobre oito temas diferentes do Inter – releia aqui.
Resumo dos últimos fatos envolvendo as eleições do Inter, marcadas para o dia 15, terça que vem:
– Por conta de denúncias de vazamento de dados de sócios, a Chapa 03, do candidato à presidência José Aquino Flôres de Camargo, foi impugnada pela Comissão Eleitoral do Inter por 4 votos a 2 e, neste momento, está impedida de participar da corrida eleitoral
– A Chapa 01, que tem Delcir Sonda na nominata para o Conselho e teve Guinther Spode como candidato à presidência, ainda será julgada pela Comissão Eleitoral pelo mesmo motivo
– Aquino, em declaração ao portal GaúchaZH, se disse vítima de “golpe” e “armadilha orquestrada”. E afirma que vai à Justiça Comum tentar restaurar a candidatura.
– A decisão da Comissão Eleitoral, segundo regimento interno do clube, tem caráter “irreversível” e não permite recurso em âmbito administrativo.
– Neste momento, existem dois cenários: um referendo para a possível aclamação de Alessandro Barcellos (Chapa 05) como novo presidente ou recontagem dos votos do 1° turno para estabelecer o novo adversário de Barcellos – Guinther Spode (MIG) fez 76 votos e Cristiano Pilla (O Povo do Clube) fez 63.