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Jogadores do Inter comentam fogo no estádio; direção faz críticas à Conmebol

Um cenário de verdadeiro horror no estádio marcou o final da estreia do Inter na pré-Libertadores, no Chile, no empate em 0x0 nesta terça-feira diante da Universidad de Chile. Mantendo os protestos feitos contra o governo de Sebástian Piñera, torcedores botaram fogo na arquibancada com a partida ainda rolando e atiraram objetos nos policiais.

Registramos abaixo a fala de dois jogadores e de dois dirigentes do Inter sobre as tristes cenas:

Marcelo Lomba, goleiro: “Nos últimos 5 ou 10 minutos foi difícil manter a concentração. Talvez, se fosse 11×11, eu seria mais incisivo para a paralisação da partida. Como eles tiveram um expulso, não fomos mais tão atacados”.

Víctor Cuesta, zagueiro: “Sabemos da situação do país deles. Uma pena, por ser um país lindo, com um futebol lindo”.

Alessandro Barcellos, vice de futebol: “Vamos juntar todos os elementos com o nosso departamento jurídico. Essas pessoas não queriam ver o jogo. Queriam fazer um protesto legítimo, mas não deveria acontecer aqui no estádio”.

Rodrigo Caetano, executivo de futebol: “Já vimos acabar com muito menos. Certamente, a Conmebol não queria ter no seu colo a possibilidade de exclusão. Todos os 22 em campo, mais o banco de reserva, estavam loucos para o fim da partida”.

Protestos, tensão e violência no Chile

Em outubro do ano passado, movimentos sociais começaram a protestar contra o governo de Sebastián Piñera por conta do aumento da tarifa do transporte público, algo semelhante ao que ocorreu no Brasil em junho e julho de 2013.

Essa foi apenas a ponta do iceberg para as reivindicações e protestos sangrentos, já que a polícia local, os Carabineros, têm agido com bastante rigor. De outubro a 28 de janeiro, segundo levantamento, foram 31 mortos em confrontos e mais de 400 pessoas com lesões graves no olho por disparos de armas não letais, conforme informou o Globoesporte.com.

Na última terça-feira, o torcedor do Colo-Colo, Jorge Mora, foi morto atropelado por um veículo policial, algo que fez crescer novamente os protestos inclusive nas partidas locais de futebol. O próprio jogo entre La U e Inter estava marcado inicialmente para 19h15, mas as autoridades anteciparam para 18h por questões de segurança e luz natural.

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