Adorado pela torcida gremista, o centroavante Jael, 31 anos, atual jogador do Matsumoto Yamaga, do Japão, voltou a falar da sua trajetória no Grêmio entre 2017 e 2019 em entrevista ao jornalista Duda Garbi, do Grupo RBS, que disponibilizou o bate-papo em seu canal no YouTube.
Entre vários temas, o Cruel dividiu o mérito do golaço de falta no Gre-Nal do Gauchão de 2018 com Ramiro, citou que a defesa milagrosa de Marcelo Grohe foi contra o Lanús na Arena na final da Libertadores e ainda relembrou ofensas quando rompeu os ligamentos logo na chegada ao clube.
Separamos em tópicos os principais pontos da entrevista:
Gol de falta nos 3×0 no Gre-Nal das quartas do Gauchão de 2018
“Aquele gol eu vejo todo dia. Porque todo dia alguém me marca nele no Instagram ou no Twitter. E 50% do gol foi do Ramiro. Antes eu já tinha dito pro fominha do Luan deixar pra mim. Falei que estava longe pra ele. E o Ramiro ficou na minha frente dizendo: “Cruel, tu vai fazer. Concentra. Tu está treinando muito bem”. Ele me encheu de confiança. E quando eu bati senti na hora que seria gol”.
A grande defesa do amigo Marcelo Grohe
“Eu costumava sempre falar muito com o Grohe. Pra mim, a defesa do século dele não foi contra o Barcelona-EQU não. Ali, ele fez o que tinha que fazer, esticou o braço. A defesa histórica dele foi contra o Lanús na Arena. Estava 0x0 e ele pegou no chão uma cabeçada de forma incrível. Ali sim ele foi decisivo pra nós”.
Gremistas comemoraram a sua grave lesão
“Foi o meu primeiro lance em uma partida contra o Passo Fundo, se não me engano. O Marcelo Grohe quebrou, eu fui escorar. Meu corpo foi pra frente e a perna ficou. Rompi o cruzado. Logo de cara em 2017. O Renato já tinha feito as três trocas e eu não ia pedir pra sair. Fiquei com o joelho falso. Bati falta, quase fiz gol ainda. Quando saiu a notícia, muitos torcedores comemoraram que eu tinha rompido o cruzado. Foram no meu Twitter, no Instagram. Não são torcedores, são doentes. Mas hoje eu até agradeço a eles, porque me deram mais força ainda pra dar a volta por cima”.
Reviravolta contra o Barcelona-EQU
“Me recuperei da lesão e fui voltando aos poucos. Renato me botou contra o Bahia, Coritiba. Fiz jogos bons, outros bem ruins. E chegou esse jogo na Arena contra o Barcelona-EQU. Eu não iria nem para o banco. Mas o Barrios sentiu lesão e surgiu essa vaga. Estávamos tomando 1×0 e uma pressão enorme. Se fica 2×0, iria ficar perigoso. Eu entrei vaiado nesse jogo. No primeiro lance, ganhei uma bola na lateral e a torcida já aplaudiu. Acho que de 10 disputas, eu ganhei as 10 no jogo. Ajudei o time a respirar. Segurei muito a bola na frente. Ali, naquele jogo, foi um recomeço pra mim no Grêmio”.