
Perto de completar um ano no comando do Inter, Roger Machado chegou neste domingo ao seu momento de maior pressão no comando do clube. A crise se agravou por conta da derrota de 4×0 para o Botafogo, no Rio de Janeiro, pelo Brasileirão, em jogo que o time gaúcho não conseguiu apresentar qualquer tipo de reação desde o começo do confronto.
Esta foi a terceira derrota consecutiva no ano, em um recorte que fica ainda pior quando os gols sofridos são somados: 11 bolas na rede, a partir dos 4×2 para o Corinthians, 3×1 para o Atlético Nacional e 4×0 para o Botafogo. Com luz de alerta mais do que ligada, já piscando, os profissionais do Inter admitem que as soluções precisam ser encontradas com urgência.
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Mas uma eventual demissão de Roger não está em pauta neste momento. De modo que este assunto chegou a irritar o vice de futebol José Olavo Bisol em pergunta feita pelo repórter do canal do jornalista Fabiano Baldasso, Jairo Winck.
“Falar em saída neste momento é um absurdo. Nós acreditamos nesse grupo e nessa comissão. Há quatro ou cinco jogos, estávamos fazendo grandes enfrentamentos e o Roger era tido por muitos de vocês como um dos melhores treinadores do Brasil”, afirmou Bisol, em coletiva no Engenhão.
Roger Machado se valorizou bastante no comando do Inter desde o título do Gauchão, que quebrou uma sequência negativa estadual que durava desde 2016. Semanas depois, acertou a sua renovação contratual até o fim de 2026, que é quando encerra a gestão do presidente Alessandro Barcellos.

Roger se vê em condições de “recuperar” o Inter
Roger Machado, por sua vez, admite o momento de instabilidade e de falta de confiança em alguns momentos dos jogos. Mas, ainda assim, se vê em totais condições de “recuperar” o Inter:
“Eu posso recuperar, sem dúvida. Nós, a direção e os atletas. O futebol é cíclico. Tivemos dois momentos de grande invencibilidade, o título gaúcho invicto e agora a instabilidade em meio a um calendário agitado, sem descanso, sem poder trabalhar a equipe e sem botar os jogadores mais descansados para jogar. Eu acredito no trabalho. O meio do ano está longe ainda e eu preciso encontrar soluções para quinta”, abordou o treinador.
Contra o Botafogo, Roger adotou a estratégia de preservar titulares importantes como Vitão, Bernabei, Fernando e Alan Patrick. Eles voltam normalmente para o decisivo jogo de quinta-feira, 19h, diante do Nacional, no Uruguai, pela Libertadores.