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Inter pode pagar “bicho” por fuga do Z4 e vê risco de desmanche em caso de queda

Informação foi revelada por Alexandre Ernst, que também detalhou cenário financeiro e possível saída de Vitão em 2026

Bicho?

O clima de tensão no Inter às vésperas do jogo decisivo contra o São Paulo ganhou mais um capítulo de bastidor. Em seu canal no YouTube, o jornalista Alexandre Ernst revelou ter ouvido de pessoas ligadas ao clube que a diretoria avalia pagar um “bicho” extra ao elenco para garantir a permanência na Série A. A conversa teria sido motivada pela situação dramática na tabela e pelo impacto financeiro de um eventual rebaixamento, que poderia obrigar o Colorado a desmontar parte do grupo.

Hoje, o Inter ocupa a 17ª colocação, com 41 pontos, e ainda depende apenas de si para escapar do Z4. Para isso, precisa vencer São Paulo, fora de casa, e Bragantino, no Beira-Rio, na rodada final para não depender de resultados paralelos. A diretoria sabe que qualquer tropeço pode jogar o clube em um cenário de caos esportivo e econômico, com forte queda de receitas de televisão, patrocínio e bilheteria. Estudo recente do Correio do Povo aponta que a verba de TV poderia encolher em até 90% em caso de Série B, saindo da casa de R$ 140 milhões para algo próximo de R$ 10 milhões.

Foi nesse contexto que Ernst relatou a frase que ouviu de uma fonte ao perguntar sobre o pagamento de prêmios extras. Segundo o repórter, ninguém negou a possibilidade. Pelo contrário, a resposta teria reforçado a ideia de que o clube vai usar todos os recursos possíveis para evitar a queda.

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“Eu conversei com uma pessoa para confirmar algumas informações que estão rolando daqui de Porto Alegre e também de São Paulo, de que o Inter vai pagar um bicho para os seus atletas. A frase que eu ouvi, tudo será feito para ficar na Série A. Ou seja, em nenhum momento foi negado que o Inter vai dar um bicho aos atletas. Da mesma forma, não foi confirmado”, contou Alexandre Ernst, em vídeo publicado no YouTube.

Em seguida, o jornalista revelou a visão de um outro personagem, com experiência em bastidores de vestiário, sobre esse tipo de acordo. Na avaliação dessa fonte, prêmios em dinheiro podem servir como combustível extra nas rodadas finais, embora também criem dependência para gestões futuras.

“E aí, uma outra frase de alguém que não é do vestiário, mas que já viveu o ambiente do futebol do Inter, me disseram o seguinte: ‘Ernest, se tu não paga, tu vira refém. Se tu paga, os caras têm uma motivação extra’. Se tu não paga, os caras vão, ‘beleza, tu que sabe’. E assim vai”, relatou o comunicador.

Alexandre Ernst, jornalista torcedor do Inter
Foto: Canal do Alexandre Ernst

Vitão em alta no mercado e risco de desmanche em caso de queda

Outro ponto abordado por Alexandre Ernst foi o futuro de Vitão, um dos principais ativos do elenco colorado. O zagueiro de 25 anos desperta interesse de clubes como Palmeiras e Flamengo, além de equipes europeias e até do Besiktas, da Turquia. Matérias recentes apontam que o Inter aceita negociar o defensor por valores na casa de 12 milhões de euros, algo em torno de R$ 70 milhões.

Ernst lembra que o próprio Vitão já manifestou a intenção de sair apenas em uma negociação que traga retorno financeiro expressivo ao clube. Porém, admite que um eventual rebaixamento pode acelerar essa saída, assim como a de outros titulares com altos salários, casos de Alan Patrick e Borré. Sem a receita de Série A, o Colorado teria dificuldade para manter um elenco caro, estimado em mais de R$ 20 milhões mensais em custos com futebol.

“A grande questão estaria talvez numa queda, porque daí a gente teria que liberar jogadores importantes e com valores exorbitantes. Porque a gente provavelmente não vai ter o Alan Patrick, não vai ter o Borré, não vai ter o Vitão, jogadores que sejam os que mais ganham no grupo do Beira-Rio. E aí aqui, só para ter uma ideia, a cota de TV, se cai da Série A para a Série B, é de 100 milhões para 10 milhões de reais. É um inferno na terra”, resumiu o jornalista ao explicar o tamanho do impacto financeiro de uma eventual queda.

Com dois jogos restantes e a matemática ainda a favor, o Inter aposta na experiência de Abel, no possível “bicho” ao elenco e no apoio da torcida para evitar que o cenário de “inferno na terra” vire realidade. A reta final contra São Paulo e Bragantino definirá não apenas o futuro esportivo do clube, mas também o tamanho das mudanças que o Beira-Rio terá de enfrentar em 2026.

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