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Inter negocia, porém Racing complica futuro de Carbonero com exigência milionária

Direção tenta reduzir cifra para compra definitiva; convocação da Colômbia valoriza o atacante e endurece o cenário

O Inter tenta transformar o bom momento de Johan Carbonero em permanência definitiva no Beira-Rio. A diretoria abriu conversas recentes com o Racing-ARG para baixar o valor da opção, mas ouviu que a cifra segue em US$ 4 milhões (cerca de R$ 22 milhões). O clube de Avellaneda considera o ponta valorizado e não quer renegociar a cláusula. A tendência atual é manter os termos originais do empréstimo.

O acordo estabelece empréstimo até dezembro de 2025, com opção de compra fixada. Na chegada, o Inter pagou taxa para viabilizar a operação e topou a cláusula de saída. O atleta de 26 anos tornou-se titular com Ramón Díaz após recuperação física. A combinação de rendimento e estabilidade reforça o preço pedido pelos argentinos.

Pelo bom momento, Carbonero foi convocado pela Seleção da Colômbia para amistosos de outubro contra México e Canadá, nos Estados Unidos. A chamada oficial lista o atacante do Inter entre os 25 nomes do seu país. A visibilidade internacional melhora o ativo e fortalece a posição do Racing nas tratativas.

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No aspecto esportivo, o colombiano responde em campo. Ele soma participação direta em gols no Brasileirão e ganhou sequência entre os 11. Números de plataformas especializadas apontam gols e assistências na Série A em 2025, com bom volume de finalizações. O desempenho recente diante do Botafogo foi elogiado por análises locais.

O Inter, por sua vez, convive com histórico de disputas financeiras envolvendo clubes argentinos. De acordo com apuração do site Resistencia Colorada, em setembro, o Lanús acionou a Fifa por atraso de parcela na compra de Braian Aguirre. Em março, o Independiente também cobrou valores referentes a Fabricio Bustos. Os casos não se relacionam diretamente a Carbonero, mas ajudam a explicar a postura cautelosa do Racing.

No meio do caminho, o Inter esbarra no “preço” e no momento do atacante

Internamente, a avaliação colorada é de que Carbonero encaixou no modelo de Ramón. O jogador oferece profundidade, ruptura e pressão alta. A convicção esportiva empurra o Inter a buscar um acordo financeiro. Do outro lado, o Racing enxerga janela de valorização e necessidade de caixa. Por isso, não cede nos US$ 4 milhões.

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Relatos da imprensa argentina reforçam que o clube presidido por Diego Milito projeta receitas com negócios pontuais. A “Academia” vê em Carbonero um ativo que pode gerar alívio financeiro com a venda. Assim, o recado recente a interessados foi manter a cláusula integral. Para o Inter, a conta passa por câmbio e fluxo de pagamento.

Antes de qualquer definição, o ponta já deixou claro que se sente em casa. Em março, após marcar em Gre-Nal, Carbonero celebrou a adaptação no Beira-Rio. Naquela ocasião, citou a intensidade do clássico e a felicidade pelo gol. O contexto era de afirmação com sequência de jogos e boa resposta física.

“Muito feliz. A verdade é que o clássico Inter x Grêmio é muito intenso e histórico. Graças a Deus pude estampar meu nome”, comemorou Johan Carbonero.

Enquanto o mercado observa, o Inter ganhou fôlego esportivo com a troca de esquema sob Ramón e Emiliano Díaz. A equipe voltou a ter solidez defensiva na vitória sobre o Botafogo e recolocou ambição na tabela. Esse pano de fundo ajuda nas conversas, mas não altera a pedida argentina. A negociação segue sem avanço público.

O que vem aí para Inter e Racing

No curto prazo, a convocação colombiana coloca Carbonero em vitrine internacional. O Racing se apoia nisso para sustentar o preço. O Inter trabalha alternativas: manter o jogador até o fim do empréstimo, tentar parcelamentos, ou fechar nos termos atuais. Qualquer mudança exigirá sinal verde de Avellaneda. Hoje, o cenário é de resistência.

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