Apuração feita pelo jornal Zero Hora dá conta de que toda a direção o Inter sabia, previamente, da ação com lançamento de papel picado antes do jogo contra o Flamengo, no Beira-Rio, na quarta-feira. O material foi aproveitado do duelo diante do Fluminense, pela Copa do Brasil, onde a Brigada Militar não autorizou o lançamento por razões de segurança.
Foi aprovada, a partir disso, a utilização antes do confronto decisivo das oitavas da Conmebol Libertadores e o clube autorizou a compra de ainda mais material. Segundo o repórter Rafael Diverio, o Inter gastou cerca de R$ 2,5 mil em papel picado antes de pegar o Flamengo. Os erros, admitidos pelo clube em nota, foram o momento do lançamento e a quantidade colocada.
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“Sobre o episódio dos papéis picados, o Inter informa que projetou a ambientação de jogo para recepcionar o time e a torcida no duelo contra o Flamengo, pelas oitavas de final da Conmebol Libertadores, com ações como CO² nas laterais e atrás das goleiras, balões tubulares em áreas do estádio e bandeirões das torcidas organizadas, além do papel picado, todos devidamente previstos e liberados pelo regulamento da Conmebol. Entretanto, a ação deveria ter ocorrido em outro setor do estádio, em menor volume e sem o material prateado. Apuramos internamente que foram tomadas decisões não autorizadas pelo Clube na execução da ação. Os responsáveis foram identificados e as medidas cabíveis já foram aplicadas“, diz a nota do Inter.
Inter realiza demissões
A quinta-feira, além da ressaca da desclassificação com derrota de 2×0, foi também de busca de explicações no Beira-Rio. Pressionado e criticado na imprensa, o clube quis entender o que aconteceu indo atrás dos responsáveis. Dois funcionários do Relacionamento Social foram demitidos pelo episódio.
Paralelamente, a diretoria do Inter desde já se preocupa com possível multa da Conmebol, que tem sido bem mais rigorosa nos últimos anos, especialmente em casos de atraso. O jogo só iniciou cerca de 20 minutos depois do previsto até que o “grosso” do papel picado fosse retirado.
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De acordo com GZH, “um cenário otimista prevê 20 mil dólares (quase R$ 120 mil) de desconto das cotas que o clube tem direito pela participação na Conmebol Libertadores. No pior deles, pode ocorrer perda de mando de campo ou portões fechados”.
