
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu manter a validade da expulsão do goleiro Léo Jardim, do Vasco da Gama, ocorrida no empate por 1×1 contra o Internacional, no último domingo (27), no Beira-Rio, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. A Comissão de Arbitragem da entidade concluiu que o árbitro Flavio Rodrigues de Souza agiu conforme o regulamento ao aplicar dois cartões amarelos por atraso deliberado no reinício da partida.
Segundo a súmula oficial, o goleiro vascaíno caiu no gramado sem necessidade médica aparente e ignorou as orientações do árbitro e do assistente para se levantar. O primeiro cartão havia sido aplicado 14 minutos antes, também por cera. A CBF reforçou que a regra prevê advertência para qualquer jogador que retarde excessivamente o jogo, e que a segunda infração resulta em expulsão automática.
Vasco protesta, mas CBF descarta punição ao árbitro
O Vasco da Gama emitiu nota oficial de repúdio e enviou representantes à sede da CBF no Rio de Janeiro, solicitando o afastamento de Flávio Rodrigues. O clube alegou que a expulsão foi arbitrária e que Léo Jardim estava lesionado. Exames divulgados pelo departamento médico do Vasco confirmaram hematomas na região da costela do goleiro.
Apesar da documentação, a Comissão de Arbitragem manteve sua posição e descartou qualquer sanção ao árbitro. Em reunião interna, o colegiado formado por ex-árbitros votou pela manutenção da decisão: três votos a favor, dois contra e duas abstenções. A entidade reiterou que o árbitro não é médico, mas tem autoridade para interpretar condutas antidesportivas.
“Expulsei com segundo cartão amarelo o Sr. Leonardo Cesar Jardim da equipe do Vasco da Gama, por, de maneira desrespeitosa, retardar o reinício de jogo da sua equipe caindo ao solo sem motivo aparente”, escreveu Flávio Rodrigues na súmula.
Expulsão reacende debate sobre critérios da arbitragem
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A decisão da CBF gerou reações distintas no meio esportivo. Enquanto comentaristas como PC Oliveira defenderam a aplicação da regra, torcedores e dirigentes vascaínos acusaram a arbitragem de falta de critério. O centroavante Pablo Vegetti foi enfático após o jogo:
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“O que o juiz fez hoje, a gente foi roubado. A expulsão decidiu o jogo, uma loucura”, reclamou o argentino.
Especialistas apontam que o lance pode marcar um novo padrão de conduta para árbitros brasileiros, desde que haja consistência. Em 2024, Flávio Rodrigues já havia expulsado outro goleiro por motivo semelhante, o que reforça seu histórico de rigor na aplicação da regra.