
Entrevistado do programa Bola Nas Costas, da Rádio Atlântida, nesta quinta-feira, o ex-zagueiro Índio relembrou histórias marcantes do Inter e citou o quanto precisou se esforçar para conseguir jogar tanto tempo em alto nível. Ele, claro, citou as famosas “malandragens” em campo contra atacantes e deu bastidores da preparação da final de 2006 contra o Barcelona.
“Tinha muito cara malandro no bom sentido da palavra, então eu tentava tirar o foco deles. Algumas vezes davam certo. O Obina por exemplo foi expulso naquele jogo do Flamengo. Alguns saíram do time”, relembrou Índio, antes de falar da final do Mundial:
EXCLUSIVA – Vini Mello mantém carinho por ex-técnico do Inter e vê saída na hora certa: “Hoje sou outro jogador”“Nós fomos fazer um coletivo dois dias antes da final e levamos um vareio do time reserva. O Abel chegou em nós e falou: ‘Vamos jogar do jeito que eu estou falando, é desse jeito aqui’. E ele nos mostrou cada jogador, cada jogada, encaixou e graças a Deus foi um dia inesquecível, maravilhoso”.
O esforço de Índio para triunfar no Inter
De 2005 a 2014, Índio jogou de forma ininterrupta no Inter e venceu todos os grandes títulos no período como Conmebol Libertadores, Sul-Americana, Recopa, Mundial e estaduais. Tudo isso, segundo ele, graças ao esforço de trabalho no dia a dia:
“Eu agradeço todos os meus companheiros. Eu sabia que eu tinha uma deficiência técnica, mas eu tinha que estar bem fisicamente porque o meu forte era a minha força física. E eu tinha que treinar mais. Uma vez o D’Alessandro falou e é verdade, eu fazia treinos cabeceando uma bola de 5kg. Aí me dava força no pescoço, na cabeça. Se o jogo era 20h e o aquecimento era 19h30, eu começava a aquecer às 19h batendo bola na parede. Eu avisava que se eu não fizesse isso eu não conseguiria jogar”, disse, antes de terminar:
“Vai chegando a idade e o cara não aguenta mais. A cabeça pensa, mas o corpo dá sinais. Se pudesse jogar até os 80 anos, eu jogaria. Mas eu fui me preparando. Agradeço ao Abel e ao Fernando Carvalho, que me deixaram mais um ano. Não dava mais conta. Já não subia um palito do chão. Não é fácil, mas um dia tudo tem um final. O importante é que me dediquei e deixei um legado. Ir para a seleção era um sonho, não deu, mas encerrei no Inter, que também era uma seleção”.
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