

Em um momento em que a relação entre Grêmio e Arena parece cada vez mais distante e arranhada, o presidente Alberto Guerra convocou todos os conselheiros do clube para fazer uma série de explicações, apontamentos e prestações de contas de como a sua gestão tem enfrentado o caso do estádio. O reuniu cerca de 150 pessoas, incluindo conselheiros, executivos e representantes da imprensa.
Segundo informações dadas pelo próprio Grêmio, foram apresentados temas como receitas, despesas, a dívida remanescente de 2013, questões de financiamento, alienação fiduciária, averbação, recuperação judicial, descumprimentos contratuais, tentativas de acordo, entre outras questões estratégicas.
“Já foram mais de 30 notificações judiciais e extrajudiciais contra a empresa gestora da Arena por diversos descumprimentos contratuais, especialmente em questões que impactam diretamente a experiência do torcedor: ingressos com valores elevados, má qualidade do gramado, infiltrações, falhas nos telões e longas filas de acesso ao estádio, entre outras coisas”, revelou Guerra, que admite estar insatisfeito com a atual relação entre as partes.


O Grêmio também revelou ter tomado conhecimento de uma transferência de R$ 50 milhões realizada pela Arena para empresas coligadas, no ano de 2023, sem a aprovação do clube. Este valor, na avaliação da direção, deveria ter sido aportado na infraestrutura do estádio.
“O Grêmio tem direitos que não estão sendo respeitados. A gestora se coloca como vítima, mas não realiza reuniões periódicas do Conselho de Administração, não fornece informações básicas e o tratamento dado aos sócios e torcedores não condiz com o que o Grêmio exige e representa”, disparou o vice-presidente Eduardo Magrisso.
Os dirigentes gremistas também explicaram a compra de um terço da dívida da Arena, tornando o clube um dos credores – com isso, o Grêmio passou a compensar o pagamento de cerca de R$ 2 milhões que fazia mensalmente para a gestora do estádio.
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