
Em nova entrevista publicada pelo jornalista Duda Garbi em seu canal no YouTube, o ex-presidente do Grêmio, Paulo Odone, explicou as motivações principais da saída do Olímpico rumo à Arena, que veio a ser inaugurada no final da sua gestão em 2012. Segundo ele, já não havia mais condições físicas e estruturais nem para uma possível “revitalização” do Olímpico:
“Sem condição nenhuma de revitalizar o Olímpico. Só botando abaixo. Era novembro ou dezembro daquele ano que nos mudaríamos, eu estava na sala da presidência e daqui a pouco dá um estouro. As paredes tremeram. Eu olho pela janela e está passando um rio no lado daquele ginásio. Uma caixa d’água de concreto tinha estourado sozinha lá no teto do estádio. Não dava mais. É o que a gente chama de fadiga dos metais”, afirmou.
Odone defende a Arena e lamenta impasses na gestão
Odone lembrou que realizou uma festa de despedida para o Olímpico e citou que até hoje considera o negócio da realização da Arena como positivo. Mas ele lamenta que a situação não tenha sido resolvida entre as partes até hoje:
“A memória afetiva do Olímpico tu não pode perder. Mas tu não pode desvalorizar o que tu tem, dizendo que não é teu. Eu não estou mais na administração, mas, por mim, já tinha sido resolvido. Na escritura pública, há a possibilidade do Grêmio recomprar a gestão. A famosa frase do presidente Fábio Koff foi um tiro no pé, de que a Arena não é do Grêmio. Ela é do Grêmio. O que faltou foi a troca de chaves. O que eu sei é que um reclama do outro e fazem uma discussão quase infantil, de criança”, completou.
Último jogo do Olímpico e legado histórico
Palco de grandes glórias, o Olímpico recebeu a sua última partida no Gauchão de 2013 e desde então vem enfrentando um triste cenário de abandono. Nele, o Grêmio venceu títulos do porte de Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.