Em busca de mais reforços para agregar qualidade à disputa da Série B, o Grêmio convive com a expectativa de repatriar o atacante Tetê por um período de três meses, que o faria jogar os 15 jogos iniciais da Série B até terminar o empréstimo em junho. Para o comentarista Mauricio Saraiva, do Grupo RBS, este molde de negócio não é o ideal e ele, se fosse dirigente, não faria.
“Eu fico com um jogador, numa condição favorável de zero gasto, se ele puder encerrar o campeonato que eu estou disputando. Se jogar uma parte, que nem é a segunda, eu não faria o negócio porque o Grêmio é maior do que um clube que o cara joga três meses enquanto a vida dele não se resolve. Isso é particular. Me parece que o Grêmio não precisa disso pra subir”, disse Saraiva no Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.
Na visão do comentarista, o Grêmio pode ficar refém de um estilo de jogo com Tetê sem a possibilidade de tê-lo para a parte final da competição:
“Digamos que o Grêmio encaixe por 15 jogos, com atuações monstruosas do Tetê. Como o Grêmio supriria essa ausência no jogo 16? Tecnicamente, eu não faria o negócio”, acrescentou o jornalista.
O empresário Pablo Bueno é quem lidera as negociações e Tetê viria sem custos ao Grêmio, apenas com a contrapartida da doação de camisetas oficiais. Atualmente, o jogador de 22 anos tem contrato congelado com o Shakhtar Donetsk por conta da guerra na Ucrânia e convive com a expectativa de ser vendido na Europa.