Após Grêmio ativar cláusula, Marlon corre risco de punição por polêmica com arbitragem

O Grêmio confirmou a compra definitiva do lateral-esquerdo Marlon após o jogador atingir a meta de 25 partidas prevista em contrato. O marco foi alcançado na derrota por 1×0 para o RB Bragantino, no último sábado, quando a cláusula automática de aquisição foi ativada. O clube gaúcho pagará 3,5 milhões de euros — cerca de R$ 21,9 milhões na cotação atual — ao Cruzeiro, dono dos direitos do atleta.

O pagamento será feito de forma parcelada em 11 prestações mensais, iniciando em 2026 e se estendendo até 2027. Cada parcela será próxima de 318 mil euros (cerca de R$ 1,9 milhão). O modelo escalonado dá fôlego ao caixa gremista para manter equilíbrio financeiro enquanto reforça o elenco.

Marlon, que chegou em abril de 2025 e rapidamente virou titular absoluto sob comando de Mano Menezes, já tem novo vínculo assegurado com o Tricolor por três temporadas a partir de 2026. Em 25 jogos, todos como titular, soma três assistências e consistência defensiva elogiada pela comissão técnica.

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Compra consolidada, mas risco de suspensão preocupa o Grêmio

A confirmação da compra, no entanto, veio junto a um problema sério. Após a derrota para o Bragantino — marcada por um pênalti polêmico contra ele nos acréscimos e pela expulsão de Kannemann ainda no primeiro tempo —, Marlon fez críticas duras à arbitragem, afirmando que o Grêmio está sendo roubado e que “não há critério nas decisões do VAR”.

“O Grêmio está sendo roubado desde que começou o campeonato. Querem melhorar o calendário, mas não tem nem profissionalização dos árbitros. Isso influencia muito. Esse pênalti de hoje foi uma baixaria sem tamanho. Eu estou com braço colado. A expulsão do Kannemann foi em uma jogada que não existe. Ele fez isso porque estava brabo com o Kannemann do jogo passado. A gente foi prejudicado contra São Paulo, Santos, hoje novamente. Por baixo, nos tiraram uns 6, 7 pontos na competição”.

Agora, o lateral pode ser enquadrado no artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de ofensas à honra de árbitros. A penalidade prevista vai de 1 a 6 jogos de suspensão, além de multa de até R$ 100 mil.

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A diretoria gremista já trabalha para anular os cartões aplicados a Marlon e Kannemann na partida contra o Bragantino e deve formalizar o pedido junto à CBF. A entidade afastou tanto o árbitro de campo quanto o responsável pelo VAR da partida, mas ainda analisará os desdobramentos das declarações públicas do lateral.

Enquanto garante a permanência de um de seus titulares mais importantes, o Grêmio vive apreensão sobre um possível gancho disciplinar que pode tirar Marlon de jogos decisivos na reta final do Brasileirão.