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Grêmio já sabe o que vai fazer com o dinheiro da venda de Alysson para o Aston Villa

Venda do jovem atacante ao Aston Villa vira peça central no plano de Alex Leitão para quitar pendências e aliviar a pressão no caixa gremista

O Grêmio já sabe o que vai fazer com o dinheiro da venda de Alysson para o Aston Villa. A transferência da joia de 19 anos, que brilhou no último Brasileirão, foi fechada na casa de 10 milhões de euros fixos mais bônus por metas, com valor total podendo chegar a cerca de R$ 76 milhões. Em vez de prometer “pacotão” de reforços imediatos, a nova gestão decidiu usar a maior parte desses recursos para atacar um problema antigo: dívidas que já geraram punição da FIFA e ameaçavam a saúde do clube.

A venda de Alysson vinha sendo costurada há semanas, depois de uma temporada em que o atacante se consolidou no profissional, marcou em Gre-Nal e virou alvo recorrente de observações de clubes europeus. A movimentação foi detalhada primeiro por veículos como ge, ESPN e Terra, e confirmada por Zona Mista com a informação de que o Grêmio ficará com cerca de 90% do montante total, somando parte à vista e parte parcelada.

No comando desse plano financeiro está o novo CEO Alex Leitão, apresentado recentemente como “homem forte” da área. Em entrevista à Rádio Imortal, ele admitiu que a situação do clube é “grave, mas administrável”, deixou claro que o objetivo é entrar em 2026 “zerando pendências” com jogadores e ainda derrubar o transfer ban imposto pela FIFA. É justamente aí que o dinheiro de Alysson entra como peça chave, ajudando a recompor o fluxo de caixa para cumprir acordos assinados em gestões anteriores.

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Braithwaite e Matías Arezo

Um dos principais destinos dos recursos será a dívida envolvendo Matías Arezo. O Grêmio ainda deve valores ao Granada pela compra de 50% dos direitos do uruguaio, operação de 3 milhões de euros feita em 2024. Além disso, o River Plate-URU acionou a FIFA para cobrar sua parte no empréstimo de Arezo ao Peñarol, o que contribuiu para o cenário de punição recente nas janelas de transferências. Ao quitar esses compromissos, a direção acredita que derruba o transfer ban e volta a ter liberdade para registrar reforços já na próxima janela.

Outro ponto central do plano é Braithwaite, já que o dinamarquês cobra cerca de R$ 7 milhões em luvas atrasadas, referentes ao período da sua chegada, em 2024. Em contato relatado, um dirigente do Grêmio garantiu que “tudo será quitado até o fim do mês”, e a própria direção admite que os recursos da venda de Alysson serão decisivos para isso. A ideia é encerrar o ruído em torno da dívida, evitar qualquer risco de ação na FIFA e manter Braithwaite confortável para seguir no projeto de 2026.

Outras despesas

Com Arezo e Braithwaite na mesma engrenagem de prioridades, o pacote ainda inclui despesas correntes do futebol e outras obrigações que pressionam o caixa diário. Leitão vem repetindo que, na situação atual, o clube precisa “vender ativos para cobrir caixa” antes de pensar em grandes investimentos esportivos. Por isso, o discurso interno é de que a venda de Alysson não representa um “respiro para gastar”, mas sim a chance de reorganizar a casa, recuperar credibilidade com credores e criar espaço para investir de forma mais responsável alguns meses à frente.

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