Inativo desde 2013, quando recebeu a última partida em fevereiro pelo Gauchão, o Estádio Olímpico receberá nas próximas semanas cerca de 60 ônibus da empresa de transporte Carris e “atuará” como estacionamento em uma parceria já aceita pelo Grêmio.
A nova frota dos veículos, assim que chegar, será armazenada na antiga casa gremista. Em março, a prefeitura de Porto Alegre definiu financiamento com a Caixa para comprar quase 100 veículos. Deste modo, o Grêmio dará algum movimento para o Olímpico, minimizando a rotina de invasões, saques e insegurança dos últimos anos.
A situação do antigo estádio é mais uma peça da arrastada negociação entre Grêmio e OAS pela compra antecipada da gestão da Arena, algo ainda sem data para ocorrer. Recentemente, aliás, o presidente Romildo Bolzan Jr se disse “cansado” das dificuldades impostas no negócio.
Quando assinou o contrato com a OAS para a construção da Arena, no Humaitá, zona norte de Porto Alegre, o Grêmio colocou o terreno do Olímpico, cerca de 8 hectares, à disposição da empreiteira como forma de barganhar o preço do novo estádio – concluído no final de 2012 e inaugurado em um amistoso contra o Hamburgo, em 8 de dezembro daquele ano. Só que a área que abrange a antiga casa só será cedida à OAS quando a compra da Arena for efetuada pelo Grêmio.
O mandato do atual presidente se encerra em 2022. Por força de contrato, a gestão da Arena passa a ser do clube em 2033, quando encerra o contrato de exploração comercial da atual administradora.