Grêmio 2026: Volpi quer Mano Menezes definido e menos turbulência no planejamento

Depois da derrota por 1×2 para o Fluminense, o clima na zona mista da Arena foi de frustração, mas também de cobrança por organização. Entre os mais procurados pelos repórteres, Tiago Volpi falou longamente sobre o futuro do Grêmio e, principalmente, sobre o comando técnico para a próxima temporada. O goleiro se posicionou como liderança do vestiário e deixou claro que o elenco tem um lado bem definido nessa discussão.

A partida contra o Fluminense praticamente sepultou o sonho de pré-Conmebol Libertadores e deixou o time estacionado na casa dos 46 pontos. Em meio ao barulho das vaias e ao balanço de um ano irregular, o discurso de Volpi foi menos sobre o jogo e mais sobre o rumo do clube. Para ele, 2026 precisa começar com menos dúvidas e mais convicções, especialmente na figura do treinador.

O tema já havia sido levantado por Marcos Rocha, que pediu definição rápida sobre Mano Menezes. Na saída de campo, o lateral falou da importância de ter um técnico confirmado o quanto antes para montar o elenco, organizar a pré-temporada e evitar um início de ano turbulento. Volpi endossou a visão do companheiro, tratou Mano como peça central desse processo e cravou que o grupo está fechado com o treinador.

+ Mano diz que quer ficar no Grêmio e deixa indireta ao Inter: “Poderíamos ter tomado o rumo”

“Eu acho que o Mano tem total apoio de todos os jogadores do elenco. A gente, se for fazer uma análise do que foi o segundo turno e do momento onde ele pegou o time, eu acho que a gente teve jogos, principalmente contra grandes equipes, onde fomos muito bem. E eu acho que toda essa situação de fica ou não fica treinador, isso também acaba… gerando um certo desconforto, até porque ele é um profissional que tem muita história, um profissional que tem inclusive uma história muito bonita dentro do Grêmio e a gente espera que agora no final dessa temporada isso possa se resolver também o mais rápido possível para começarmos a pensar já em 2026. Mas o que eu posso te garantir é que ele tem total respaldo de todos os jogadores do grupo”, comentou Volpi.

Vestiário do Grêmio quer menos ruído e mais convicção no comando

Na visão do goleiro, a novela sobre a permanência ou não de Mano Menezes contamina o ambiente, mesmo que de forma indireta. A cada rodada, volta o debate sobre futuro, possíveis sucessores, termos de contrato e impressões da direção. Para quem está dentro do vestiário, isso tira parte da atenção do jogo e deixa a sensação de que tudo ainda é tratado como algo provisório.

Volpi reconhece que o clube viveu uma temporada de muitas lesões, reformulação de elenco e oscilações de desempenho, mas insiste que o recorte desde a chegada de Mano é positivo. Ele cita a postura do time contra grandes adversários e a forma como o grupo reagiu em partidas consideradas decisivas. Ao mesmo tempo, admite que os resultados finais não foram suficientes para transformar esse trabalho em vaga na Conmebol Libertadores.

+ Grêmio reclama de impedimento no primeiro gol do Fluminense: “Muito duvidoso”

O camisa 1 também fez questão de lembrar o vínculo histórico de Mano com o próprio Grêmio. Esse resgate não foi gratuito: mais do que defender o profissional, Volpi tenta reforçar que o clube precisa valorizar trajetórias consolidadas e projetos que ofereçam identidade à equipe. Para o goleiro, não é hora de recomeçar do zero, mas de ajustar o que não funcionou e fortalecer o que deu certo.

Com o último jogo contra o Sport pela frente, a mensagem pública é clara. Os jogadores querem terminar o ano com uma vitória fora de casa, carimbar a vaga em competição continental e entregar um contexto mais estável para a direção. A partir daí, a cobrança interna é para que o Grêmio defina, sem demora, se Mano Menezes será o nome à frente do grupo em 2026 ou se um novo ciclo começará em janeiro.

+ Grêmio perde para o Fluminense na Arena e vê sonho de pré-Libertadores ficar quase impossível