Renan buscava a bola no fundo das redes e, ao menos em tempo real, não via a inusitada comemoração do goleiro Kidiaba, que literalmente quicava no gramado nos dois gols do Mazembe sobre o Inter, na semifinal do Mundial de 2010. A zoeira virou um prato-cheio para a torcida do Grêmio, mas o ex-arqueiro colorado soube dar a resposta.
Em duas ocasiões distintas, Renan, hoje goleiro do Esportivo, quicou no antigo Estádio Olímpico. A primeira foi após a conquista do Inter nos pênaltis sobre o Grêmio no Gauchão de 2011. Um ano depois, repetiu o gesto no 0x0 na última rodada do Brasileirão – aquele empate tirou a classificação direta do tricolor à Libertadores.
“É tranquila a relação com os gremistas. O pessoal brinca, mas é tudo dentro da normalidade. Cornetam nas redes sociais e tal, mas, graças a Deus, nunca tive problemas sérios com isso. Temos que saber levar. Quando ganha e quando perde. A rivalidade Gre-Nal não tem nada que seja parecido. A repercussão de um pré e pós-jogo não tem igual. A cabeça fica inchada quando perde, mas quando ganha faz parte brincar um pouco, tirar uma casquinha”, explicou o goleiro em entrevista ao Bola Nas Costas, da Rádio Atlântida.
Na época, até mesmo os dirigentes gremistas brincavam com a inesperada derrota do Inter para o time do Congo.
“Aquelas cenas, das nádegas batendo no gramado, não vão sair tão cedo das nossas retinas”, dizia o ex-presidente Paulo Odone.
Renan seguiu no Inter até o final da temporada de 2012. No ano seguinte, aceitou o desafio de jogar no Goiás.