Até hoje, Fabrício carrega a marca de uma improvável atitude cometida no ano de 2015 quando seguia defendendo o Inter. Titular, mas contestado, mostrou o dedo do meio depois dos torcedores reclamarem de uma jogada no ataque em um jogo contra o Ypiranga, no Beira-Rio, pelo Gauchão. Este foi o seu último jogo pelo clube, que trabalhou de imediato para a sua saída na época; o Cruzeiro foi o time seguinte do canhoto depois do caso.
“Na real, eu não sei por que eu fiz aquilo, cara. No mesmo momento eu já me arrependi. Era jogo do Gauchão, precisávamos ganhar e estava 0x0. Acho que a torcida reclamou pois queriam que eu acelerasse a jogada e eu travei a bola. Eles reclamaram e eu fiz o gesto. Fui expulso e tirei a camisa. Aí veio Juan, Nilmar, Jorge Henrique. Todos eles: ‘Bota camisa, bota camisa’. Falei para eles saírem, eu estava nervoso. Depois que eu tirei a camisa a vaia ficou mais alta e eu mandei todo mundo para aquele lugar. Foi um vacilo”, comentou Fabrício, em nova entrevista ao canal do Cartolouco, no YouTube.
Já aposentado dos gramados, Fabrício mora há três anos nos Estados Unidos, onde comanda uma franquia de uma escola de futebol do Atlético-MG para crianças e adolescentes. Ele admite que a aquele episódio no Beira-Rio ameaçou a sua carreira:
“No vestiário, o presidente desceu e eu falei que precisava ir embora para São Paulo. O jogo estava rolando ainda e depois a torcida iria descer. Ele me liberou e disse para eu voltar na segunda-feira para resolvermos tudo. Meu número vazou, quebrei o chip. Fui direto para o aeroporto, mas não tinha mais passagem. Aí fui para casa e foram todos os jogadores do Inter para lá. Eu temi pela carreira. Ligava a televisão e só falavam disso”.
Fabrício foi procurado pelo Grêmio?
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De forma surpreendente e até inédita, Fabrício revelou que, depois de mandar a torcida do Inter “longe”, foi procurado inclusive pelo Grêmio:
“Vou te falar, até o Grêmio veio atrás de mim. O empresário me disse: ‘Até o Grêmio está vindo atrás’. Mas aí não teria condição nenhuma (risos). Isso aí seria loucura. Seria ironia ir para o Grêmio e tirar onda com o Inter. Eu sabia que eu estava errado, por que eu complicaria mais ainda? Depois daquilo eu nunca mais mostrei o dedo. Dava até vontade de cortar ele fora (risos)”, finalizou.
