Mesmo suspenso, Andrés D’Alessandro fez questão de estar com o Inter em Santa Catarina para a última partida do Brasileirão de 2014, contra o Figueirense, fora de casa, que definiria o caminho colorado na Libertadores do ano seguinte: se vencesse – o que de fato aconteceu – iria para uma vaga direta e se tropeçasse, dependendo do resultado paralelo do Corinthians, teria que jogar a “pré”.
Segundo relato do então vice de futebol na época e depois presidente, Marcelo Medeiros, em participação no podcast Dus 2, D’Alessandro assistiu ao jogo no camarote da direção e estava sendo constantemente xingado pelos torcedores catarinenses, principalmente quando o time da casa abriu o placar.
“Naquele jogo, aconteceram cenas que irão ficar no folclore. Aquele pique do Rafael Moura pra defender o juiz no final da partida, teve uma briga no camarote, quebrou vidro, o D’Alessandro estava lá. No início do primeiro tempo, o Figueirense fez um gol e a torcida começou a xingar o gringo, e ele não era de aceitar. Ouvimos tudo quanto era coisa da torcida deles. Quando o Inter empata, daí começamos a vibrar, e quando sai aquele gol nos acréscimos nós enlouquecemos. Eu e o Roberto Melo, diretor na época, descemos pro vestiário. E o D’Alessandro foi pra dentro do campo comemorar”, relembrou Medeiros.
Rafael Moura de cabeça e Wellington Silva, nos acréscimos, fizeram os gols da virada colorada em um dos jogos recentes mais tumultuados do clube. Foi a última partida de Abel Braga comandando o time em 2014, já que no ano seguinte, com Vitorio Piffero na presidência, Diego Aguirre acabou sendo contratado após a negativa de Tite, que foi para o Corinthians.
As cenas abaixo mostram a entrada eufórica de D’Alessandro no gramado do Orlando Scarpelli assim que acabou a partida:
