A passagem de Dunga como treinador do Inter em 2013 foi um “acerto” da direção da época, segundo o então presidente Giovanni Luigi. Em recente entrevista concedida ao jornalista Filipe Gamba, na mesma que deu bastidores da vinda do atacante Scocco no mesmo ano, o ex-presidente não poupou elogios ao trabalho feito pelo ex-volante.
Luigi ainda revelou que Dunga, ao contrário do que se chegou a pensar na época, tinha sim “o grupo na mão”. Os jogadores gostavam do treinador e do trabalho, mas, já na reta final do Brasileirão, depois de uma derrota fora para Vasco, se chegou à conclusão que o melhor era interromper a parceria. Em 2013, o Inter não jogava no Beira-Rio por conta das obras para a Copa do Mundo, se revezando entre Novo Hamburgo e Caxias do Sul.
“O Dunga também foi um acerto da gestão. Ele talvez seja um pouco difícil no dia a dia, mas os jogadores gostavam muito dele. Tinha o grupo na mão. Ele foi conosco até outubro daquele ano de 2013. Foi um momento extremamente difícil por estarmos sem estádio em boa parte do tempo. Ele pegou essa fase difícil. Em um jogo no Rio de Janeiro, em outubro, acabou saindo pois se sentia, e ele também, que não iria tirar mais do grupo. Mas ele tinha o plantel na mão, os jogadores entendiam a linguagem dele e era feito um ótimo trabalho na época”, afirmou Luigi.
Dunga, em 2013, deixou a equipe com 25 vitórias, 18 empates e nove derrotas, com um aproveitamento de 59,61% em 52 jogos oficiais. O técnico foi demitido após derrota para o Vasco, em Macaé, pela 25ª rodada do Brasileirão. No começo do ano, conduziu o Inter ao título do Gauchão.
“Deixo a Comissão Técnica, mas continuo torcedor do nosso ‘Colorado’ de muitas glórias, pois paixão e amor são sentimentos enraizados no meu coração e que não foram afetados pelo eventual insucesso no exercício da minha atual atividade profissional”, disse Dunga, na despedida da época, em nota oficial
Ex-presidente não voltará ao Inter
Presidente colorado entre as temporadas de 2011, 2012, 2013 e 2014, Giovanni Luigi entende que o seu ciclo como dirigente do Inter está encerrado, não passando mais pela sua cabeça um eventual retorno futuro:
“Eu, felizmente, encontro torcedores que me reconhecem. Param, conversam, querem saber o que eu penso das coisas. Mas há desgaste grande quando tu é presidente. Tu não tem fim de semana de descanso. Não penso em voltar por muitos motivos. Já dei minha contribuição. Tem que dar oportunidade para outros. Quando eu saí, prometi para mim mesmo que não me envolveria mais, só me manifestaria na época de eleições”, afirmou Luigi.
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