Lateral-esquerdo do Grêmio entre as temporadas de 2011 e 2012, Júlio César recorda com muito carinho da sua estreia exatamente em uma vitória em Gre-Nal no antigo Estádio Olímpico, pelo Brasileirão, em jogo que deixou bem claro para o então técnico Celso Roth que fazia questão de jogar. Já aposentado, o antigo atleta relembrou histórias vinculadas ao tricolor em entrevista ao Charla Podcast.
Além disso, Júlio, que na carreira jogou em diversos grandes brasileiros, confessou que se tratava de um “sonho” defender o Grêmio:
“Era um sonho que eu tinha. Enfrentei o Grêmio muitas vezes e a torcida no Olímpico era sensacional. O ambiente muito bom. Aquele time do Felipão me marcou na infância. Quando me chamaram, não pensei duas vezes. Cheguei com o time brigando pra não cair, com o Celso Roth. O Fluminense não queria me liberar. O Celso me chamou para estrear em um Gre-Nal e eu disse que jogaria. Não ganhávamos do Inter no Olímpico há alguns jogos e jogamos muito esse jogo”, destacou, antes de falar de Gre-Nal:
“Gre-Nal é guerra. Rivalidade é enorme, a cidade respira futebol. Cidade teoricamente pequena. No Rio de Janeiro você tem quatro clubes, surfistas, atores, pagodeiros. Em Porto Alegre não. Tanto que o Renato lá é Deus, tinha que morar em hotel. Chuteira vermelha no Grêmio não existe, carro vermelho também não”.
Júlio César também participou do reencontro de Ronaldinho Gaúcho, pelo Flamengo, com o Grêmio e a torcida no Olímpico. O jogo terminou com vitória gremista de virada por 4×2 em 2011:
“O jogo contra o Ronaldinho Gaúcho lá… foi lá no Olímpico, todo mundo com máscara de traíra, aí ele pegava na bola e vinha um barulho da torcida que eu nunca ouvi. O time do Flamengo era muito bom com Deivid, Renato Abreu, Thiago Neves. Era 2011. Parecia final de Copa do Mundo. Lotado só pra vaiar o Ronaldinho. E você via no rosto dele que ele estava sentindo. Chegando no estádio, parecia que a gente estava em guerra. A gente virou o jogo”, acrescentou o ex-lateral.