Fim da linha para o ex-zagueiro e treinador gremista, Adilson Batista, no Cruzeiro. Após a derrota de 1×0 para o Coimbra, neste domingo, no Independência, o treinador foi demitido e mesmo assim concedeu uma polêmica coletiva de imprensa, onde se estressou com o repórter Samuel Venâncio, da Rádio Itatiaia.
Segundo Adilson, o jornalista teria sido o responsável pela “barrigada” na quinta-feira ao noticiar a sua demissão, algo que não foi confirmado pela direção do Cruzeiro naquele instante. O empresário Pedro Lourenço, responsável pelo patrocínio master na camisa e por pagar parte dos salários do atacante Marcelo Moreno, teve a palavra decisiva para a permanência – hoje desfeita.
Neste domingo, Venâncio fez uma pergunta sobre o trabalho de Adilson e o quanto ele merecia ou não seguir no cargo para vir a se tornar um “treinador vencedor”.
“Pra tua rádio eu nunca mais falo. Próxima”, disparou o ex-Grêmio – veja aqui a entrevista registrada pelo Globoesporte.com.
Críticas ao elenco
Segundo Adilson, ele encontrou na reta final de 2019 um Cruzeiro “numa bagunça” e comandado por alguns atletas. O treinador ainda pediu “urgentemente” a presença de um presidente, já que atualmente o clube tem apenas oito gestores.
“Fui demitido pelo Carlos (Ferreira, gestor do futebol do Cruzeiro). Estarei na torcida, deixo claro que estou chateado pelos resultados recentes, que também temos culpa. Mas a gente precisa entender o processo. Tive a coragem de pedir pra que determinados jogadores saíssem, enfrentei.Ajudei nesse processo, com o clube numa bagunça, uma desordem. Atletas tomaram conta do clube, derrubaram o Mano, meu amigo, Abel, Rogério Ceni, tomaram conta do clube. Então, você chega e tem que limpar. Dei treino, durante alguns dias, com jogadores que eu não teria, até resolver esta situação, porque não tínhamos comando. Rezo pra que o clube tenha logo um presidente. Tá precisando urgentemente. Hoje tem 8 gestores. E os oito querem tomar conta do futebol”, explicou.
Nesta temporada, foram 12 partidas e Adilson Batista no comando do Cruzeiro. Nove pelo Campeonato Mineiro e três pela Copa do Brasil. São quatro vitórias, quatro empates e quatro derrotas. No Grêmio, ele foi o treinador entre 2003 e 2004.