Mesmo com 11 pontos de vantagem sobre o São Paulo na abertura do returno do Brasileirão, o Grêmio não conseguiu sustentar até o fim a liderança em 2008 e viu, posteriormente, o time paulista levantar o terceiro nacional seguido. A perda até hoje é lamentada pelos tricolores, que não voltaram a vencer o maior campeonato do país desde então – em 2023, aliás, voltou a ser vice no embalo do atacante Luis Suárez.
Hoje diretor do Cruzeiro, Paulo Pelaipe estava na direção de futebol do Grêmio até o final de abril daquele ano, quando deixou o cargo e em seguida aceitou convite do Fortaleza. Mesmo não estando presente durante a campanha, ele entende que a liberação do atacante Jonas – emprestado para a Portuguesa – foi um “equívoco” gremista naquele momento.
“Olha, no futebol tu acerta e erra, faz parte. Mas eu acho que foi um equívoco o Grêmio ter liberado o Jonas para a Portuguesa. Ele fez 12 gols pela Portuguesa naquele ano. Se faz pelo Grêmio, poderia acontecer o título. Na época, o clube liberou e trouxe o Morales, que fez um ou dois gols. Mas falava castelhano (risos). O Jonas nós lutamos muito para trazer desde a época do Guarani. Não digo que foi só esse motivo. Mas se o Jonas tivesse feito metade dos gols que fez pela Portuguesa, no Grêmio, acredito que o Grêmio teria sido campeão”, disse Pelaipe, ao jornalista Filipe Gamba, antes de explicar a sua própria saída.
“Depois que o Grêmio caiu para o Juventude no Gauchão e para o Atlético-GO nos pênaltis na Copa do Brasil, seria muito fácil eu chegar no presidente e entregar a cabeça do treinador, que era o Celso Roth, numa bandeja. O presidente Paulo Odone era meu amigo e eu tive uma reunião com ele para dizer que era hora de trocar o departamento de futebol. Ele aceitou. Aí eu saio e vou para o Fortaleza”.
Jonas voltou e brilhou pelo Grêmio
Depois de atuar no Guarani e no Santos, Jonas chegou ao Grêmio no segundo semestre de 2007 e demorou para ter sequência de jogos no time titular. Como queria ter mais minutos em campo, aceitou ir para a Portuguesa no ano seguinte e se destacou. De volta ao Olímpico, foi um dos principais nomes gremistas nas temporadas de 2009 e 2010. Em 2011, foi vendido ao Valencia, da Espanha, para depois virar ídolo e brilhar no Benfica, de Portugal, até encerrar a carreira.
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