O ano era 2016 e com a saída do então executivo de futebol Rui Costa, responsável direto pelas contratações, o Grêmio promoveu a esta função Júnior Chávare, que exercia as mesmas funções na base do clube à época. Foi neste período que Walter Kannemann foi contratado do Atlas, do México, em transação até hoje lembrada com orgulho pelo antigo dirigente.
“Ele tem um tempo de bola impressionante. Mas principalmente, queríamos um líder de vestiário. Desde a chegada dele, sempre se mostrou muito forte, contundente, claramente sabia o que queria”, comentou Chávare, ao site UOL Esporte, antes de acrescentar:
“Sabe a história da peça que faltava no quebra-cabeça? É essa a história do Kannemann no Grêmio. Ele deu um plus muito grande nessa parte para o vestiário. Ele é um líder emocional nato e autêntico, espontâneo”.
Chávare lembra que, praticamente no mesmo momento, o Inter contratava o atacante uruguaio Nico López, da Udinese, algo que fez o próprio Kannemann tirar onda ao ver, certo dia, um jornal de Porto Alegre:
“Ele pegou o jornal para ler e viu sobre ele apenas uma notinha de rodapé, pequena, e mais de meia página falando do Nico. Kannemann perguntou: ‘Quem é esse?’ e eu disse que era o atacante que o rival havia contratado. Ele sorriu e falou: ‘Esse vai ser meu café da manhã'”, concluiu o antigo executivo gremista.
No presente momento, Kannemann se recupera da cirurgia feita no quadril ainda em dezembro e deve voltar ao time entre abril e maio.
