Exatos 16 anos depois da grande conquista do título mundial sobre o Barcelona em 2006, o ex-meia-atacante Adriano Gabiru, autor do gol da vitória no Japão, voltou a dar detalhes da conquista em depoimento a quem deu a assistência, Iarley, que escreveu memórias daqueles dias em Yokohama no seu novo livro “Gigante Iarley: Diário de uma conquista”.
Gabiru conta que reagiu normalmente aos pedidos de perdão da torcida depois do gol e que nunca sentiu raiva dos colorados, nem mesmo quando era vaiado durante aquele ano:
“Eu reagi normal com aquilo tudo, aquele negócio de ‘me perdoa, Gabiru’. Eu sou um cara tranquilo. Nem esquentava muito com os caras me vaiando. Tenho a agradecer ao Abel, que me escolheu para ir, me deu a camisa. Mas eu nunca tive raiva da torcida. Foi uma felicidade muito grande, muito boa, muito linda. Todo mundo ficou feliz”, lembrou o ex-meia, antes de detalhar como aconteceu o gol:
“Só lembro do Índio chutando a bola, lá perto da bandeirinha do escanteio, do lado direito da defesa. Ele deu um drible no Ronaldinho e chutou. Eu raspei na bola, o Luiz Adriano também. E aí ela sobrou para o Iarley. Então o Iarley foi para cima do Puyol, né? Eu vi o Luiz Adriano entrando pelo lado direito e decidi ir para o esquerdo. O Iarley deu uma canetada no Puyol e foi levando a bola. Eu passei pedindo. Tinha mais chance pra mim que pro Luiz. Eu estava de frente pro gol e pro goleiro. O Iarley pensou bem. O Belletti deu carrinho, e eu dominei e chutei. O gol é metade meu, metade do Iarley”.
Para Gabiru, como nem poderia ser diferente, este foi o gol mais importante de toda a sua carreira:
“Foi muito bom marcar o gol. Graças a Deus! Pelo histórico que eu tenho, fazer um gol no Mundial, ainda mais tendo sido campeão da Libertadores antes. Foi demais. Foi o gol mais importante da minha carreira”, concluiu.