
Três dias depois da traumática eliminação para o Olimpia, nos pênaltis, pela fase de oitavas de final da Libertadores dentro do Beira-Rio, o presidente Alessandro Barcellos rompeu o silêncio em entrevista à Rádio Guaíba tratando de cobranças internas, Patrick, Guerrero, trabalho de Ramírez, futuro do clube e mais – confira as principais falas do mandatário:
Queda para o Olimpia:
“Estamos enfrentando esse momento, que não é o que gostaríamos. Eliminação dura e agora há a necessidade de levantar a cabeça e o espírito de todos. Imediatamente, precisamos dar conta desta importante tarefa que é o Brasileirão. Entendemos que o torcedor está machucado, assim como nós estamos indignados com tudo isso. Precisamos fazer disso uma força para voltar a vencer e voltar a estar, que é na parte de cima da tabela”
Cobranças:
“Nós trabalhamos de forma interna e nunca deixamos em nenhum momento de cobrar quando temos que cobrar e de apoiar quando devemos apoiar. Mas isso a gente não individualiza. Existem questões que vão além das quatro linhas. Tudo isso é devidamente trabalhado para que a gente vá corrigindo. Algumas, já corrigimos. Mas é um processo que não vira a chave de um período longo que o Inter não ganha nada. Não é do dia para a noite. Principalmente pela necessidade de organizar o clube do ponto de vista financeiro. Com dívidas que são conhecidas. Para que o Inter volte a buscar os títulos e não continue na forma como estava, apenas buscando vagas, é que a gente precisa passar por essa transição. Não abrimos mão de fazer isso”
Reformulação do grupo:
“Não é nesse momento que se faz uma reavaliação. O Inter é grande, disputa grandes torneios e em 100% do seu tempo está sendo avaliado. Há mudança de perfil, mudança de gestão que estamos implementando, e que nisso há acertos e erros, mas existe uma necessidade de sair daquilo que estava sendo feito. Algumas rupturas com mais radicalidade, outras menos. Não tivemos muito tempo para trabalhar algumas mudanças. Também é preciso considerar a questão legal dos contratos dos profissionais. Esta diferença de tempo o dirigente precisa saber trabalhar para que se reestabeleça um ritmo de vitórias e conquistas”
Ramírez e Aguirre:
“Radicalidade é importante em alguns momentos. Sem isso, não se faz as mudanças em instituições com culturas de longo tempo. A ruptura na forma de jogar não deu o resultado que gostaríamos, tanto que trocamos o treinador. Aquela prática não nos deu a confiança de resultados melhores do que vínhamos tendo. Diferente de agora, que, mesmo eliminado da Libertadores, entendemos que o trabalho vem evoluindo”
Guerrero:
“Paolo teve participações importantes quando estava jogando, mas infelizmente teve uma lesão. Lesão essa que o fez voltar bem antes do previsto. Teve um retrocesso, fez novo procedimento e deve estar à disposição novamente na semana que vem para trabalhar em campo”
Forma física de Patrick:
“Patrick está com um desconforto, o que não fez estar aqui presente hoje. Da mesma forma, fisiologia e DM pelas avaliações feitas ele está no padrão da equipe. Não é a primeira vez que as críticas acontecem, mas tenho certeza que não é por esta razão que não temos visto em sua melhor fase. Foi um dos melhores do Brasileirão do ano passado e tenho certeza que vai voltar a jogar desta maneira. Vai nos ajudar muito ainda”
Medo do Z4:
“Nós não trabalhamos para isso. Eu até fui bastante duro e não é meu perfil, no pós-jogo, após o Gre-Nal, mas naquele momento a pergunta foi se estávamos preocupados com o rebaixamento. Depois de um jogo que o melhor em campo foi o goleiro rival. A distância naquele momento entre G4 e Z4 pra nós era a mesma. Olhamos pra cima. Mas temos que sempre analisar as circunstâncias do campeonato. Cada jogo de três pontos vale a mesma coisa. Vamos trabalhar assim”