Negociado pelo Grêmio ao futebol dos Estados Unidos no final de 2022, o atacante Elias não tem do que reclamar da nova vida atuando fora do Brasil. Já bem adaptado, celebrando a cultura diferente, ele atuou nos dois primeiros anos com a camisa do New York Red Bulls e agora, na nova temporada, defenderá o Real Salt Lake. A trajetória longe de casa foi contada por ele em entrevista exclusiva ao Zona Mista, onde também afirmou a sua melhor lembrança pelo tricolor gaúcho: o gol no Gre-Nal do Beira-Rio na semi do Gauchão de 2022:
Zona Mista: Como tem sido para você essa experiência no futebol dos Estados Unidos? O jogo é muito diferente ou tem semelhanças com o Brasil?
Elias: Estou muito feliz por estar aqui hoje jogando nos Estados Unidos, onde estou aprendendo uma cultura diferente, um estilo de jogo diferente e um idioma diferente. Acho que vou levar para a minha vida toda tudo que eu vivi e estou vivendo aqui.
ZM: Qual é o seu plano de carreira neste momento? A ideia é continuar nos Estados Unidos ou planeja voltar ao Brasil futuramente?
E: Eu acho que, como todo jogador de futebol, meu sonho é chegar na Europa. Então, estou trabalhando muito para que eu possa conquistar esse objetivo. Mas também, se for preciso, vejo bons olhos voltar para o Brasil para que eu possa conquistar novos ares.
ZM: O que representou o Grêmio na sua vida e qual o sentimento que você mantém pelo clube? Você acha que surgiu no “momento errado” naquele período difícil de 2021 e 2022?
E: Para mim, representou tudo. Eu tenho um carinho enorme pelo Grêmio. O Grêmio é o clube que eu fui formado, que me revelou para o futebol profissional. Nunca vou esquecer tudo que eu vivi lá dentro, porque eu aprendi muitas coisas. Sobre a minha subida, sim, concordo, pois era um momento difícil que nós gremistas nunca pensamos em passar, mas é a vida, né? E é futebol. Sempre precisamos olhar adiante e desenhar uma nova história.
ZM: Recentemente, o Felipe Carballo, que estava no Grêmio, foi para o seu primeiro clube nos EUA, o New York Red Bulls. Como foi a adaptação dele e o convívio com ele no time? É um bom jogador?
E: Acabei não conhecendo ele quando estava no Grêmio, mas quando soube que ele viria pra cá mandei uma mensagem para ele falando que se ele precisasse de alguma coisa eu poderia ajudar. Nós jogadores sabemos como é difícil chegar em um ambiente novo. Mas o Felipe é um cara muito gente boa que tem um futuro brilhante pela frente.
ZM: Para fechar, qual momento mais marcante você citaria ter vivido no Grêmio?
E: Ah, não posso esquecer do gol que eu fiz no Gre-Nal no Beira-Rio. Marcar o nome na história, para mim foi o melhor dia da minha carreira. Precisei de uns dias pra acordar de um sonho.