O duelo em 0x0 diante do São Paulo no último sábado representou a gota que transbordou o copo do elenco do Grêmio em relação à paciência com a arbitragem, que, neste momento, já encontrou o seu limite. Assim como a diretoria, os jogadores gremistas também estão se sentindo prejudicados e insatisfeitos com o tratamento recebido pelo clube.
Publicamente, os jogadores garantem que deixam o assunto com a diretoria, mas admitem a frustração especialmente pelos jogos recentes contra Santos e São Paulo, quando lances potencialmente a favor sequer foram revisados no VAR pelo juiz de campo.
“A arbitragem teve uma noite infeliz, mas isso a gente deixa para a diretoria. Nós jogadores temos que jogar bola. Todos viram o que aconteceu. A diretoria está fazendo de tudo para ajudar neste quesito da arbitragem”, declarou o lateral-esquerdo Diogo Barbosa em coletiva virtual nesta terça.
No sábado, o Grêmio reclamou de dois pênaltis não marcados além de duas expulsões em entradas violentas de atletas do São Paulo. Nenhum dos quatro lances foi revisto pelo árbitro Rafael Traci no vídeo.
“A gente jogou bem, conseguimos fazer nosso estilo e jogo, mas faltou acertar a finalização. Ficamos triste pela atuação da arbitragem, o VAR que eles não usam nem para olhar. Já é o terceiro jogo seguido contra nós que não vão nem olhar. E contra nós vão no VAR sempre. Temos que levantar a cabeça, vamos trabalhar”, disparou Pepê na ocasião.
A insatisfação ultrapassa o campo de jogo e vai para os gabinetes. Isso porque uma reunião envolvendo São Paulo e CBF, dias antes da última partida, terminou com uma troca na escala da arbitragem de sábado sem o consentimento do Grêmio. Rodolpho Toski, que apitou Fortaleza x São Paulo pela Copa do Brasil e desagradou os paulistas, foi tirado do vídeo para a entrada de Elmo Resende Cunha.
Especialmente por esta reunião da qual sequer foi informado, o Grêmio ingressou no STJD nesta terça-feira pedindo a anulação do jogo no Morumbi.