
Criado na base do Inter, tendo algumas raras chances no profissional entre 2014 e 2016, o zagueiro Eduardo Bauermann é mais um brasileiro presente no Mundial de Clubes da Fifa em times do exterior. Ele reforça o elenco do Pachuca, do México, que faz a sua estreia nesta quarta-feira, a partir das 19h, diante do Red Bull Salzburg, em Cincinatti.
Bauermann considera a sua participação no Mundial como uma verdadeira volta por cima na carreira, já que ele foi um dos atletas punidos a partir das investigações da Operação Penalidade Máxima, que investigou esquemas de apostas no futebol brasileiro. O ex-colorado foi pego quando atuava no Santos e inicialmente pegou 12 jogos de gancho, que em seguida viraram 360 dias sem poder atuar.
“Eu digo que é uma volta por cima. Mas acima de tudo isso me coloco mais consciente do quanto Deus foi bom comigo. Porque ele teve que me colocar no fundo do poço para que hoje eu pudesse estar vivendo um momento como esse. Nem nos melhores momentos da minha carreira eu me imaginava estar disputando um Mundial”, afirmou Bauermann em entrevista ao portal GE.
“Olhando para aquele Eduardo Bauermann, veria ele como uma pessoa um pouco imatura. Por querer ser bonzinho demais e acabar não dando limite para as pessoas. Isso faz com que mesmo aquelas pessoas que te mostram ter boas intenções, nem sempre é o que elas têm no coração. Olho para aquele Eduardo e vejo ele com uma inocência muito grande. E às vezes as pessoas se aproximam realmente para tirar proveito. Acho que é o maior ensinamento que trago”, ampliou.
Depois de sair do Inter, Bauermann rodou em diversos clubes como Náutico, Atlético Goianiense, Figueirense, Paraná e América Mineiro, que foi onde teve mais sequência e chamou a atenção do Santos. Antes de ir para o Pachuca, atuou no Everton, do Chile, já livre da punição.