Em uma coletiva de imprensa concorrida e marcada pela confirmação da demissão do então vice-presidente de futebol Alessandro Barcellos, o presidente colorado Marcelo Medeiros, nesta sexta-feira, também atualizou uma série de outros assuntos sobre o Inter – dos quais separamos em item logo abaixo do vídeo da entrevista.
Edenilson pode ser vendido ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita?
“Eu costumo falar desde 2013, que a gente não comenta negociação antes de ela ser feita. Mas eu posso dizer que o Edenilson não sai. Hoje, ele não sai. Não tem nada. Ele está aqui conosco desde 2017. Algumas coisas precisam ser tratadas de forma reservada, mas não tem nada”.
DÉFICIT PREVISTO DE R$ 63 MILHÕES EM 2020
“Não terminou o ano ainda. A gente ainda tem algumas missões pra cumprir. Passando por premiações das fases da Libertadores, possível venda de atleta. Se vocês acompanharem o déficit da maioria dos clubes brasileiros, é bem maior que o nosso. O objetivo é entregar um clube melhor do que pegamos”.
SITUAÇÃO DO TÉCNICO EDUARDO COUDET
“O Coudet fica. Ele não é uma convicção minha. É uma convicção do clube. Eu garanto o Coudet mesmo com resultados negativos nos próximos jogos”.
O INTER ESTÁ JOGANDO MAL?
“É um ano atípico por se tratar de uma pandemia e de uma parada muito longa. Todos os clubes estão oscilando. A gente vê o Flamengo, que tomou 5 do Del Valle. Na semana seguinte, o Del Valle tomou uma goleada (para o Junior Barranquilla). Estamos em duas competições. Uma outra vai iniciar. Vamos trabalhar para que o futebol reverta os resultados insatisfatórios dos últimos jogos”.
A RELAÇÃO POLÍTICA DO INTER x FUTEBOL DO INTER
“Inter é maior que a política. Tomamos a decisão para proteger o coração do clube que é o futebol. O presidente não pode não ser avisado do que está acontecendo. Vou levar o Alessandro como um amigo pro resto da vida. Essa desinformação foi constrangedora. O desempenho do Inter não caiu por conta da política”.
RELAÇÃO COM MEMBROS DE GRUPOS DE OPOSIÇÃO
“Ser oposição ou situação no Inter é saudável. Faz parte. A gente entende isso como um processo natural e democrático. Acontece que ontem fui surpreendido com uma informação de que dois movimentos da atual gestão assinaram um documento para ser oposição”.
A TORCIDA DO INTER SE IMPORTA COM POLÍTICA?
“As pessoas nem sabe quem são os movimentos políticos. Torcedor quer que o Inter entre em campo e dê o seu melhor. Eu sou presidente do Inter e, sendo presidente do Inter, não achei corretos os movimentos que foram feitos”.
COMO MEDEIROS ATUARÁ DAQUI PRA FRENTE?
“Não estou assumindo a pasta do futebol. Vou me dedicar mais. Minha presença no futebol será diária. Estarei na viagem para Cali, por exemplo. Inter está oscilando muito assim como outros clubes”.
GRE-NAIS
“Quando eu assumi a vice-presidência de futebol em 2013, nós já vínhamos de uma sequência sem perder Gre-Nais que durou até o fim de 2014. E se iniciou um novo ciclo. Do qual nós temos que trabalhar e seguir trabalhando para reverter. Não gostei da atuação do Inter no último Gre-Nal. Não gostei do jogo que fizemos na Arena. Os jogadores e a comissão técnica sabem disso. Eu sou o presidente, mas tenho o direito de me manifestar e conversar com as pessoas do clube. Isso não quer dizer interferência na escalação, que não existe”.
GESTÃO MEDEIROS 2017-2020
“Eu assumi o Inter na Série B e estou entregando em uma pandemia. Estou preocupado em entregar o clube muito melhor do que eu recebi em 2017. A conquista do título coroaria um trabalho, mas a consciência do dever cumprido me faz ter tranquilidade. Perdemos um título em casa e é da vida. Faz parte da competição. O Inter não chegava na final desde 2009. Queremos deixar um Inter para o próximo presidente bem melhor do que quando recebemos em 3 de Janeiro de 2017”.