Decidido a montar um elenco repleto de estrelas para buscar o tri da Libertadores, o presidente Fábio Koff buscou uma série de nomes extraclasses para o grupo do Grêmio de 2013. Depois de Lugano, então no PSG, recusar, a direção mirou o marfinense Didier Drogba, que chegou a conhecer o clube através de um vídeo institucional.
O centroavante, depois de uma passagem pelo Shanghaï Shenhua, da China, se mostrava inclinado a topar um desafio diferente já na reta final da carreira. A direção gremista deu carta branca para o empresário Rogério Braun tocar o negócio e, segundo ele, houve avanço nas conversas.
“O Grêmio preparou um vídeo institucional na época. Nele, o clube se apresentava, mostrava a estrutura, a nova Arena e o projeto que possuíam. Levamos para a reunião e entregamos para ele”, relembrou Braun à Bandeirantes.
Mas os altos valores envolvidos na negociação, bem como diversos desacertos entre empresários e direção do Grêmio, foram atrapalhando a efetivação do sonho de ter o astro na Arena. Drogba, segundo relatos, assistiu ao vídeo preparado pelo tricolor e estava inclinado a dizer “sim”.
“Eu pensei que pudesse acontecer. Nós até celebramos essa possibilidade, mas depois acabou que não aconteceu. São as histórias da bola, as histórias do quase”, acrescentou o empresário.
Diretor da época confirma história de Drogba
A história foi confirmada há alguns anos por Rui Costa, que era executivo de futebol do Grêmio na ocasião.
“Drogba fazia parte do projeto de trazer à Arena e ao Grêmio uma autoestima muito forte. Houve uma sondagem, uma conversa. Não diretamente com o atleta, pois é um profissional que tem um estafe muito grande. Mas posso dizer sem nenhuma indelicadeza que ele conheceu sim a história do Grêmio, a camisa do clube e as características da cidade, bem como a cultura do nosso país”, revelou.
Drogba, de 42 anos, está aposentado do futebol desde 2018, quando defendeu o Phoenix Rising, dos Estados Unidos. Ele disputou a temporada 2013/2014 pelo Galatasaray, da Turquia, e depois retornou ao Chelsea.