Dirigente do Inter elogia “saída” do Grêmio e critica Leite: “Se eu fosse ele, teria vergonha”

Em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes na tarde desta quarta-feira, o vice-presidente do Inter, João Patrício Herrmann, fez fortes críticas ao modo como o Governo do RS, na pessoa do governador Eduardo Leite, está conduzindo o processo de volta gradual do futebol no estado.

O dirigente até mesmo elogiou a postura do rival Grêmio, que, também irritado, resolveu ir treinar coletivamente em Criciúma, Santa Catarina. Os contatos físicos seguem proibidos pelo Governo em Porto Alegre.

“Sentimos que a postura atual (do governo estadual) não é técnica, é populista. Acho que o futebol não pode ser tratado dessa forma. (O futebol no estado) move R$ 1 bilhão, não é R$ 1,99. Acho que está faltando sensibilidade ao governo. O secretário do Esporte (do RS) esteve no Beira-Rio semana passada, e ele não é político, é técnico. Ficou encantado com o protocolo. Isso está bem encaminhado”, disse, antes de acrescentar:

“Nosso treinador está aqui, todo o dia junto com os atletas, mesmo sem poder fazer trabalhos táticos. O Internacional se sente melhor na sua casa. Neste momento, entendemos que o melhor é ficar aqui. A decisão do Grêmio (de treinar em Santa Catarina) é louvável, respeitável. Não temos nada para dizer, a não ser a decepção com as últimas notícias. Nós entendemos que o Grêmio está fazendo uma pressão no governo. Eu, se fosse governador, teria muita vergonha se os clubes saíssem do estado para fazer treinamentos”, disparou.

Em nova live nas redes sociais nesta quarta-feira, o governador Eduardo Leite voltou a deixar o futebol em segundo plano em meio ao combate da Covid-19. Ele pediu paciência aos torcedores e citou até os quatro casos confirmados de Covid-19 no Inter. Antes previsto para voltar no dia 19 de julho, de acordo com a proposta apresentada pela FGF, o Gauchão não retornará neste mês, de acordo com o Governo do RS.

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