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Dirigente do Inter dá a sua versão de suposta briga e admite clima político tenso no clube

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, vice-presidente eleito João Patrício Herrmann falou sobre a polêmica reunião de sexta-feira

Ao se dizer vítima de “trairagem” por integrantes da sua gestão assinarem documento para apoiar outra corrente política na eleição do final do ano, o presidente Marcelo Medeiros incomodou o vice-presidente eleito João Patrício Herrmann na última sexta-feira e, segundo o jornalista Vagner Martins, ambos estiveram próximos das vias de fato.

Herrmann (à direita da foto de capa) deu a sua versão do acontecimento nesta segunda em entrevista à Rádio Bandeirantes, onde admitiu que teve, sim, discussão na fatídica reunião, mas negou que tenha ficado perto de brigar fisicamente. Ele também lamentou a saída de Barcellos e de outros dirigentes:

“Foi uma divergência reta, olho no olho, sincera. Longe de dedo no olho, de alguém se levantar da cadeira, de ofensas pessoais. Tenho o maior respeito pelos demais membros do Conselho de Gestão. A gente trabalha em um Conselho de Gestão, as ideias são colocadas. Tivemos uma conversa áspera. Eu, em relação ao presidente e ao vice-presidente Alexandre, divergi em algumas coisas colocadas em relação à política do clube”, disse, antes de acrescentar.

“Na sexta, tivemos alguns momentos complicados, tensos no clube, longe de vias de fato. Lamento muito a saída do Alessandro Barcellos, do Victor Grumberg, dos demais membros do Academia, do Convergência, que se retiraram da gestão. Me deixa bastante triste, são pessoas alinhadas politicamente comigo. Acho que o clube precisa acalmar os ânimos e focar um pouco nas suas questões internas. Essa é a minha obrigação até o dia 31 de dezembro: buscar a tranquilidade aos funcionários, para os atletas jogarem futebol”.

Em seguida, Herrmann deixou claro que foi contra o afastamento desses dirigentes:

“Acho que o presidente tomou uma decisão forte em relação a esses vice-presidentes. Vou respeitar o encaminhamento que ele deu. Infelizmente, fui voto vencido. E bola pra frente”.

Também deixaram os cargos o 4º vice eleito Humberto Busnello, vice de administração Victor Grunberg, o vice de marketing Nelson Pires, e o assessor da presidência Flávio Ordoque – eles são de movimentos que agora são oposição Movimento Inter Grande (MIG) de Medeiros, que gere o Inter desde 2002.

Ainda sobre a reunião de sexta e os últimos acontecimentos, a reclamação de Medeiros era de que, dentro de sua gestão, um movimento para apoiar Alessandro Barcellos à presidência no final do ano foi criado sem o seu conhecimento. No mesmo dia, Barcellos foi demitido da vice-presidência de futebol.

Com este clima político conturbado, o Inter tenta dar a volta por cima dentro de campo nesta terça-feira, às 21h30, diante do América de Cali, fora de casa, pela Libertadores.

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