Como prometido anteriormente, a Federação Gaúcha de Futebol recebeu a direção do Grêmio na tarde desta terça-feira para que o clube pudesse ter acesso aos áudios do VAR do jogo de sábado, na Arena, contra o Juventude, em vitória de 2×1 pela ida da semi do Gauchão. O tricolor foi representado pelo diretor de futebol Guto Peixoto, que atendeu brevemente a imprensa após a reunião.
Peixoto, porém, evitou dar muitos detalhes sobre o áudio e destacou que ele foi a primeira pessoa do Grêmio a ter acesso ao conteúdo. A FGF deverá divulgar de forma pública o material já nas próximas horas.
“Como esse áudio vai se tornar público dentro das próximas 24 horas, vocês vão ouvir, ver e interpretar. Se eu falar alguma coisa aqui, não falarei em nome do Grêmio e sim algo pessoal meu, que ouvi o áudio. O presidente não ouviu ainda, o vice não ouviu, o Conselho de Administração também não. Seria até uma irresponsabilidade minha dar alguma opinião pessoal sobre isso”, afirmou Guto.
A principal reclamação do Grêmio foi pela não marcação de um pênalti do zagueiro Abner em Monsalve ainda no primeiro tempo, quando o jogo estava 1×0. O clube também reclama de um cartão vermelho não dado para Marcos Paulo por cotovelada em Olivera. E ainda há questionamento sobre o critério utilizado para a marcação de falta de Camilo, na origem do gol de Edenilson, que foi anulado com intervenção do VAR.
A arbitragem do jogo ficou a cargo de Jonathan Pinheiro, que foi chamado de “colorado” pelo presidente Alberto Guerra em entrevista no dia seguinte à Rádio Gre-Nal. O VAR, Douglas da Silva, relatou ter recebido ameaças nos últimos dias e ainda escreveu em súmula que se sentiu “coagido” ao só sair do estádio por volta das 2h, dada a pressão de dirigentes gremistas, como o vice de futebol Alexandre Rossato.
FGF atende parcialmente a demanda do Grêmio
Durante a manhã, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, concedeu coletiva de imprensa de cerca de meia hora ao lado do chefe de arbitragem da entidade, Leandro Vuaden. Ambos comunicaram que, para as fases finais, os árbitros do VAR virão de fora do Rio Grande do Sul.
“Diante do clima bélico, eu preciso, como responsável e mediador, tomar atitude. Não tinha nenhuma intenção de fazer isso, mas, diante desse clima perigoso, nos faz não ter alternativa a não ser ter arbitragem de VAR de fora do Rio Grande do Sul. Para acalmar o que está acontecendo aqui. É dolorido para mim. Pela confiança que eu tenho e segurança que eu tenho no comprometimento do árbitros gaúchos. Mas, pensando em arrefecer os ânimos, faremos isso”, salientou. Hocsman.