Depois de encaminhar venda de centroavante, Inter prepara limpa no elenco e pode negociar mais três jogadores

O Inter começou a pagar a conta da fuga do rebaixamento mexendo fundo no elenco. Depois de avançar na venda de Ricardo Mathias ao Al-Ahli, da Arábia Saudita, em negócio estimado em cerca de 10 milhões de dólares, o clube projeta utilizar a receita prioritariamente para aliviar dívidas e recuperar fôlego de caixa. A operação, noticiada por veículos como GZH e Lance e ainda sem números oficiais do Inter, envolve 60% dos direitos econômicos do centroavante, percentagem pertencente ao Colorado.

A negociação de Ricardo Mathias, que marcou gols importantes em Conmebol Libertadores e Brasileirão, reforça uma tendência que vem se repetindo nos últimos anos: a base como pilar de receita. O atacante de 19 anos já vinha sendo monitorado pelo mercado externo, com sondagens da Europa, e agora deve trocar o Beira-Rio pelo futebol saudita, abrindo uma lacuna imediata no comando de ataque. Com a saída encaminhada, o Inter inicia 2026 com Rafael Borré como única referência mais consolidada na função, à espera de reposições e da palavra final do novo treinador.

Inter usa venda de Ricardo Mathias como gatilho para mais saídas

Ao mesmo tempo em que vende, o clube também se movimenta para negociar outras peças do elenco. O volante Luis Otavio é alvo do Orlando City, da MLS, com oferta na casa de 21 milhões de reais debatida nos bastidores, em tratativa que já vinha sendo construída antes mesmo da última rodada do Brasileirão. A saída do meio-campista, se confirmada, reforçaria o caixa e manteria o padrão de transferir jovens com mercado no exterior.

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No pacote de mudanças, entram ainda nomes que não corresponderam às expectativas dentro de campo. O lateral-direito paraguaio Alan Benítez, contratado em 2025 junto ao Cerro Porteño e que assinou vínculo até o fim de 2026, perdeu espaço ao longo do ano, apesar do discurso de confiança na apresentação. A tendência é que o Inter aceite propostas para que ele retorne ao futebol paraguaio, cenário semelhante ao do compatriota Oscar Romero, meia que também não conseguiu sequência como titular e é constantemente citado como provável saída rumo a clubes de seu país.

Com tantas indefinições, o desenho do elenco para 2026 passa diretamente pelo novo comando técnico. A direção trabalha com a possibilidade de ter Paulo Pezzolano à beira do gramado e o já confirmado Abel Braga como diretor técnico, cenário que influenciará tanto em novas chegadas quanto em outras saídas.