Em uma recente entrevista para a Rádio Gre-Nal, Danrlei, ex-goleiro do Grêmio e atual político, compartilhou suas opiniões sobre a possibilidade de um dia trabalhar no Internacional, o tradicional rival gremista. Conhecido por sua rica trajetória no tricolor, ele demonstrou um profundo respeito pelas diferentes perspectivas, mencionando especificamente a postura de Roger Machado, atual treinador colorado, que também possui uma forte conexão com o Grêmio.
Roger Machado, em sua carreira de treinador, declarou que, apesar de seu histórico no Grêmio, se vê como um profissional do futebol e, por isso, acredita ter o direito de trabalhar em qualquer clube. Durante a entrevista, Danrlei foi perguntado se teria a mesma postura de Roger. Ele foi firme em sua resposta, dizendo que não colocaria em risco os 16 anos de história que construiu no Grêmio.
Promovido ao time principal do Grêmio em 1993, Danrlei se tornou um dos maiores goleiros da história do clube. Ele conquistou inúmeros títulos importantes, incluindo a Copa Libertadores da América de 1995, a Recopa Sul-Americana de 1996, o Campeonato Brasileiro de 1996, cinco Campeonatos Gaúchos e duas Copas do Brasil. Sua carreira como goleiro foi marcada por grandes atuações e momentos memoráveis que, segundo ele, são inapagáveis.
“Não importa o que aconteça, ninguém vai apagar a história feita por cada um dos atletas. O Roger fez a história dele no Grêmio. ‘Ah, Danrlei, mas tu iria?’ Não, não iria, mas é uma questão pessoal minha”, afirmou. Além de sua destacada carreira no Grêmio, Danrlei também teve passagens importantes pela Seleção Brasileira, conquistando uma medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996.
Após deixar o Grêmio, ele atuou por diversos clubes, incluindo Fluminense, Atlético Mineiro, Beira-Mar de Portugal, São José e Remo, encerrando sua carreira no futebol profissional em 2009.
A visão de Roger Machado
Em sua apresentação à imprensa como treinador do Internacional, no segundo semestre de 2024, Roger Machado abordou o tema da rivalidade.
“Eu recebo com naturalidade esse processo. Vivi aqui no RS e vivi a rivalidade. Como jogador, sempre busquei deixar a rivalidade dentro de campo. Nunca interpretei que fôssemos inimigos. O torcedor é apaixonado pelo seu time. E eu sou apaixonado pelo jogo e compreendo pelo torcedor. É um processo natural pela paixão do torcedor pelo seu clube. Como profissional do futebol, consigo administrar isso de uma forma que me permite transitar nesses ambientes e que me dá tranquilidade nesses momentos,” pontuou Roger na ocasião.