Cada vez mais adaptado ao San Jose Earthquakes, clube da Major League Soccer, dos Estados Unidos, o goleiro Daniel mantém intacto o seu carinho pelo Inter, embora reconheça que, se sua passagem fosse hoje pelo Beira-Rio, “seria completamente diferente”. Em entrevista concedida com exclusividade à reportagem do Zona Mista, o arqueiro titular colorado entre os anos de 2021 e 2022 citou detalhes da vida nos EUA, elogiou o modo de torcer por lá, lamentou ter começado a jogar “tarde” pelo colorado e avaliou que o Inter está muito bem servido na função:
Zona Mista: O jogo nos Estados Unidos é muito diferente ou tem semelhanças com o Brasil? Qual o seu plano de carreira?
Daniel: Para ser sincero, eu não vejo muito diferença em questão de futebol. A Major League Soccer é uma liga que está evoluindo bastante e tenho certeza que daqui uns anos vai ser uma das melhores ligas do mundo. Hoje, o meu pensamento é ficar por aqui por mais um tempo. Mas a gente sabe como é o futebol, as coisas podem mudar muito rápido. Porém, quero ficar mais uns anos por aqui.
ZM: Qual o seu sentimento pelo Inter? Acha que faltou ter mais oportunidades mais cedo?
D: Cara, eu tenho um carinho muito grande pelo Inter, pelo clube, pela torcida colorada, pela pessoas que trabalham no clube. Foram 12 anos da minha vida e da minha carreira lá dentro, então tenho vários amigos no clube. Eu comecei a jogar no Inter muito tarde. Cometi algumas falhas por falta de experiência, mas não tem o que fazer. Se fosse hoje seria completamente diferente, mas já passou.
ZM: O que você acha dos atuais goleiros do Inter?
D: Eu vejo o Rochet como um grande goleiro. Mas não só ele, como o Anthoni também. Então, penso que o Inter está bem protegido no gol por muitos anos.
ZM: É muito diferente o modo de torcer no Brasil e nos Estados Unidos. Como é o comportamento da torcida aí nos EUA nos jogos e durante a semana?
D: Muito, mas muito diferente. Muito mesmo. A torcida nos Estados Unidos respeitas os jogadores principalmente fora dos gramados. No Brasil, a gente sabe que futebol é paixão e que o brasileiro é apaixonado pelo futebol e pelo time que torce. Por conta disso, é bem mais quente a forma de cobrar.