O ex-meia Andrés D’Alessandro, atual diretor esportivo do Inter, garante que a relação com o presidente Alessandro Barcellos está “próxima” e positiva. Em entrevista concedida nos últimos dias ao jornal Zero Hora, o antigo camisa 10 colorado explicou como tem tentado ajudar o mandatário com ações no dia a dia e com a experiência que carrega por ter sido jogador por mais de 20 anos.
“Temos uma relação muito próxima, mas sempre dissemos para ele que um presidente precisa se preocupar com outras coisas, muito maiores. Disse: ‘Não se preocupe com essas coisas que só vai gastar tempo e esforço. Deixa aqui para nós. Tem muitos outros compromissos’. Estamos organizando pequenas mudanças que entendemos trazer bons resultados”, avaliou D’Ale, em declaração publicada no site GZH.
“Não podemos esquecer os resultados. Só estamos aqui, numa boa, porque a comissão técnica conseguiu os resultados que esperavam. O trabalho está dando frutos, então estamos com mais confiança e sossego”, ampliou o argentino.
Coincidência ou não, o Inter não perdeu desde a chegada de D’Alessandro para esse novo cargo e no momento acumula 12 jogos de invencibilidade, com oito vitórias e quatro empates. O dirigente diz que o seu momento mais feliz desde o retorno foi o triunfo de 1×0 no Gre-Nal do Beira-Rio:
“Se eu disser que foi o Gre-Nal, alguém vai falar… Mas não tem como não ser. Foi meu primeiro clássico como diretor, importante pelo contexto, pelo que significa o clássico, pelos três pontos. Mas além do Gre-Nal, acho que meu primeiro jogo também foi especial”, ampliou.
Mais falas de D’Alessandro nesta entrevista:
“Perder é do jogo também. Não que a gente se conforme. Aliás, isso é um ponto que reforçamos. Não pode ser igual perder ou ganhar. Por isso, fico tranquilo quando vejo que, depois do jogo de quarta ou daquele contra o Bragantino, os jogadores saíram insatisfeitos, com um sentimento de frustração. Eles sentiram o empate, não gostaram. Fico feliz de saber que eles queriam mais, e deram tudo para isso”
.
“Não podemos esquecer da história do Roger como atleta, é inegável. Foi pelo outro lado, com outra camisa. Mas temos de aproveitar o vencedor que ele foi, a experiência que teve de um cara que conquistou tantos títulos. Ele tem um caminho, um atalho. Quando fala, passa um recado. A parte de torcida fica na arquibancada”