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D’Alessandro admite erro, elogia Roger e Abel, defende Enner Valencia e fala do ônibus: “Espontâneo”

Ex-meia colorado concedeu entrevista à Rádio Bandeirantes nesta quarta-feira

Em uma longa entrevista dada ao programa “Donos da Bola Rádio”, da Rádio Bandeirantes, o ex-meia e hoje diretor esportivo colorado, Andrés D’Alessandro, admitiu ter errado ao cobrar publicamente a dívida do Inter quando veio com o Cruzeiro, em 2023, no cargo de coordenador, para um jogo no Beira-Rio. Ele confirmou que a pendência financeira ainda existe, mas garantiu que esse tema sequer entrou nas negociações com o presidente Alessandro Barcellos para o seu recente retorno.

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D’Alessandro, neste mesmo programa, ainda fez muitos elogios a Roger Machado e Abel Braga, sem querer confirmar a volta ou não de Abelão ao colorado para trabalhar no departamento de futebol em 2025. Por fim, o ex-camisa ainda mostrou otimismo com a retomada de Enner Valencia e explicou a sua atitude de mandar o ônibus da delegação parar “no meio” da torcida no Gre-Nal:

Ônibus no Gre-Nal

A minha voz ali é inconfundível. Nem posso falar que não fui eu. Foi espontâneo. A gente saiu do hotel. Começamos desde cedo o dia de sábado. Participei com a direção. Não com os jogadores, que eu sei que não gostam de ser invadidos em alguns momentos, como o café. Fiquei trocando ideias com a comissão técnica. Depois de sairmos, ali por umas 14h, chegando no Beira-Rio vimos o torcedor de forma impressionante. Até então, não tinha visto tanto torcedor esperando o nosso time. O ônibus pega uma reta de 30 metros e depois vira para entrar na garagem. Comecei a gritar porque achei que seria legal essa proximidade com os jogadores. Que o torcedor estava passando essa energia. Achei que seria diferente e gritei

Relação com Roger Machado

Obviamente, isso tem muito da abertura que o Roger Machado nos dá. Conheci ele há pouco, mas é um cara que escuta, que dá abertura. Ele tem muito a ver com esse momento atual. O trabalho de um treinador precisa de tempo. Não é o mesmo trabalho e o modo de jogar da comissão anterior. Agora o resultado está aparecendo e isso é importante

O que mais chama a atenção em Roger

Eu percebo e participo com eles e ouço, pois quero aprender também. Quero saber como se trabalha uma estratégia para o jogo. Como vamos enfrentar. Sou funcionário do clube, preciso desempenhar essa função e quero aprender. Obviamente que Roger sabe mais que eu. Ele é muito detalhista, muito estrategista. Analisa muito bem o adversário com a sua comissão. E analisa o nosso time também. Assiste várias vezes os jogos. Deixando os resultados de lado, estou gostando do comprometimento e do profissionalismo. E da vontade de melhorar a situação

Dívida do Inter e erro cometido

É bom puxar esse assunto da dívida para esclarecer. Eu voltei agora porque só pensei no Inter. Se eu participei da eleição foi pela vontade de voltar ao clube. O meu ano de 2023 no Cruzeiro foi muito bom na questão de trabalho, mas fiquei sozinho lá. Eu tenho uma esposa guerreira em casa. Agora, para voltar, tive longa conversa com o presidente Alessandro Barcellos. Coloquei publicamente a questão da dívida antes. Se voltasse atrás, não sei se colocaria daquela maneira no jogo do Cruzeiro no Beira-Rio. Mas houve uma falta de comunicação comigo e eu realmente fiquei triste. A dívida não era da gestão Barcellos, vinha de longa data. Mas sempre entendi a situação do clube e a dívida foi financiada várias vezes

Abel Braga

Tenho uma relação muito boa com o Abel Braga. É um cara sensacional. Ele representa muito para o clube, mas que eu saiba não foi acordado nada. Obviamente, se ele voltar vai acrescentar muita coisa. Conhece o futebol como poucos e de gestão ele sabe muito. Todos falam bem dele e não é por acaso. Só tem a ganhar o Inter. Mas não sou eu que tomarei essa decisão

Enner Valencia

É fase. E, na fase, vem o mental, vem a confiança. É normal. O que eu vou me preocupar é se eu ver ele no dia a dia não treinando. Mas não temos nenhuma reclamação dele. Claro que de um cara como ele a gente vai exigir mais. Ele pode dar mais. O atacante vive de confiança. Eu me preocuparia se ele tivesse satisfeito por não jogar. Eu vejo ele e sei que está insatisfeito para não jogar. O treinador dá as ferramentas para ele, mas está usando a meritocracia, que é algo justo. Hoje, o Borré vem fazendo gols. O Enner Valencia é um cara competitivo e eu gosto disso

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