
Com os problemas físicos deixados para o passado, o volante Gustavo Cuéllar quer viver nova vida no Grêmio e não sair mais de campo a partir de agora, mostrando a sua utilidade para o time de Mano Menezes no segundo turno do Brasileirão. Uma primeira prova foi dada no domingo passado, fora de casa, quando atuou como titular e teve bom desempenho na vitória de 3×1 de virada sobre o Atlético-MG.
Na semana seguinte à partida, Cuéllar gravou entrevista com o jornalista Duda Garbi e abriu o jogo sobre os problemas que enfrentou no início no clube. Ele entende que errou ao se colocar à disposição quando ainda não estava pronto, mas também avalia que a comissão técnica de Gustavo Quinteros cometeu equívocos:
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“Eu cheguei aqui com fuso horário de seis horas. Treinando de manhã. Imagina a diferença que isso faz no teu metabolismo. Um mês inteiro chegando para treinar sem dormir nada. Em janeiro. Foi uma época complicada na parte física para mim. Em questão de força, acho que não perdi nada na Arábia. Eu fazia os meus trabalhos. E nunca tive lesão lá. Isso tenho claro. No máximo incômodos para ficar fora por três dias”, disse, antes de ampliar:
“Na minha chegada, acho que todos cometeram erros. Pela minha experiência de nunca ter me machucado, eu queria chegar jogando. Mas não era assim. Eu tinha que dar tempo para o meu corpo e fazer os treinamentos. O trabalho que eu fiz agora de força, de sprint, eu não fiz quando cheguei no Grêmio”.

Relação de Cuéllar com Quinteros no Grêmio
Desde a saída do Flamengo em 2019, Cuéllar permaneceu por cinco anos no futebol da Arábia Saudita, o que, na sua análise, exigiria um planejamento diferenciado e com mais tempo para voltar a trabalhar no Brasil:
“Eu falava muito com o Quinteros e com o preparador físico. Eles me diziam para eu avisar quando eu estivesse pronto. Só que o jogador nunca vai falar que não quer jogar. Tem que ser um cara com experiência e confiança no treinador para falar isso. Não fizemos uma base importante por falta de confiança minha de falar para o treinador que deveríamos fazer isso. Entramos em um ciclo vicioso de sentir dor, ir para o DM, voltar, sentir de novo”, comentou, para depois finalizar:
“O meu erro foi falar que eu estava pronto quando ainda não estava. O erro do treinador foi não fazer uma preparação e um planejamento para a minha volta depois de cinco anos fora. Acho que todo mundo de certa forma cometeu erros que levaram esse tempo de dificuldades físicas. A minha estreia foi muito rápida para o futebol que eu estava”.