
Primeiro, bombas próximo ao ônibus do Bahia ferindo o goleiro Danilo Fernandes. Depois, invasão de campo de torcedores do Paraná para bater nos próprios jogadores. Em seguida, pedras e barras de ferro atiradas por torcedores do Inter no ônibus do Grêmio antes do Gre-Nal, levando o volante Villasanti ao hospital com traumatismo craniano.
A escalada de violência no futebol brasileiro tem gerado preocupação nos atletas, inclusive naqueles que não foram afetados, como por exemplo o goleiro Cássio, criado na base do Grêmio e que é ídolo do Corinthians:
“E também o que tem acontecido no futebol brasileiro. É inadmissível ver jogadores sangrando, jogadores machucados, jogos sendo adiados. E não é para todo torcedor, porque muito torcedor está indignado. Isso não pode acontecer no Brasil, temos que evoluir e não aceitar mais isso”, lamentou Cássio em entrevista neste domingo depois da vitória de 1×0 sobre o Bragantino no Paulistão.
Além de Villasanti, outros jogadores gremistas foram atingidos como Thiago Santos e Campaz, também precisando de atendimento. Segundo o presidente Romildo Bolzan Jr, ambos também não teriam condições de jogar caso o clássico fosse mantido.
No início da tarde de hoje, o Grêmio ainda publicou uma nota oficial de agradecimento pela solidariedade recebida:
“O Grêmio Foot-ball Porto Alegrense agradece publicamente toda a solidariedade recebida de outros clubes, entidades, personalidades e, especialmente, do torcedor gremista.
Somos também imensamente gratos à nossa torcida que foi ao estádio e comportou-se de forma pacífica durante as mais de duas horas que teve de aguardar dentro do Beira-Rio.
Em um dia tão triste e revoltante, ver se formar essa verdadeira rede de carinho e apoio, além de emocionar a todos, nos dá a esperança de que o futebol possa ser aquilo que deve ser: um momento de alegria, família e paz.
Seguiremos atuando para que as responsabilidades do atentado sejam apuradas e que os criminosos sejam punidos exemplarmente.
A violência não irá vencer a paz e a paixão pelo esporte.”