Em nova entrevista exclusiva, dessa vez à Rádio Guaíba em conjunto com o Correio do Povo, o técnico Eduardo Coudet voltou a analisar o seu trabalho até agora no Inter, tirando o clube do rótulo de favorito ao título das competições, apesar da liderança no Grupo E da Libertadores e também no Brasileirão.
Ele lembrou as dificuldades financeiras vividas pelo clube e a impossibilidade, impulsionada pela pandemia do coronavírus, de trazer grandes reforços como chegou a imaginar no início do ano:
“Sou responsável sim pelo Inter, mas para ser o responsável total, para dar certeza de ser campeão, faltam outras coisas. Me encantaria ter a responsabilidade. Gostaria que me dissessem: ‘Chacho, te trago esses cinco jogadores e tu vai ser campeão’. Seria fantástico, mas a realidade não é essa. Trocou tudo desde quando foram me buscar (na Argentina). Tudo é lindo, mas quando começa o jogo, dizem Cacho, tem que ganhar. Assim é o futebol. A regra do jogo é assim e eu entendo perfeitamente. A verdade é que falamos de jogadores importantes, de muita hierarquia. Mas veio essa situação da pandemia. Eu queria seguir trabalhando aqui. Entendi a situação. Não foi algo que foi prometido e não foi tentado. Simplesmente não foi possível. Tem que entender e eu entendi”, declarou.
Chacho, por outro lado, não deseja e também não imagina que vá perder o volante Edenilson, embora os recentes rumores que o liguem ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
“Seria muito complicado. É um jogador importantíssimo. Não creio que saia ele ou qualquer outro jogador neste momento”, apostou o treinador.
Eduardo Coudet não imagina que possa perder o volante Edenilson – Foto: Divulgação/InterMais um Gre-Nal na temporada
Na quarta-feira que vem, dia 23, pela Libertadores, o Inter volta a encarar o Grêmio e tenta dar fim ao tabu de nove Gre-Nais sem vitórias – sendo quatro deles em 2020 já com o comando de Coudet.
O treinador lembrou o compromisso de antes, deste sábado, fora, contra o Fortaleza, pelo Brasileirão. E amenizou os desfalques que o Grêmio possivelmente vá ter na quarta:
“Primeiro, antes de olhar para o Gre-Nal, eu penso no jogo contra o Fortaleza (amanhã, no Ceará, pelo Brasileirão). Mas cada um tem os seus problemas. Ontem (quarta-feira), montamos o time com dez opções a menos. Não foram dois, foram dez jogadores que não puderam jogar. E vejam que apontam que tomamos três gols em casa. A exigência é a mesma sempre, independentemente da situação e das dificuldade”, disse, antes de encerrar:
“Vamos competir. Não podemos desviar a cabeça dos desafios. Temos que preparar a equipe da melhor forma para cada jogo. Onde vamos chegar? Não posso afirmar, mas posso prometer que vamos trabalhar e tratar de melhorar sempre”.