A “intensidade” foi a palavra mais utilizada pelos jogadores do Inter para resumirem o trabalho de Eduardo Coudet lá no seu início, ainda em janeiro. Acostumados com a metodologia dos técnicos brasileiros, os atletas colorados se depararam com uma filosofia distinta e que, de cara, já rendeu reflexos.
Hoje Eduardo Coudet encara com bom humor, mas na ocasião ele admite que se surpreendeu. Foi logo em seu primeiro trabalho em campo no Inter, quando passou a estabelecer os seus conceitos de intensidade e de marcação sob pressão desde os atacantes, quando Thiago Galhardo – hoje destaque, titular e artilheiro – quase desmaiou no gramado.
“Vou contar a vocês uma boa. No primeiro dia de treinamento comigo aqui no Inter, quase que o Thiago Galhardo desmaiou. Mas claro, hoje se sente bem. Você começa a convencer o jogador a partir do momento que ele se sente bem, que as coisas dão resultados. E esse é meu objetivo principal. Me contratam e me dão um grupo de jogadores, e espero que no dia que eu me vá sejam um pouquinho melhores, pelo menos. Por mim, que sejam muito melhores”, revelou Coudet ao Globoesporte.com.
Uma das satisfações reveladas por Chacho aos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Eduardo Deconto é ter convencido até Paolo Guerrero, de 36 anos, a entrar dentro do conceito de jogo de marcação desde o ataque:
“Me anima saber que consegui convencer um jogador já de 36 a fazer essa marcação de saída, de pressão, e ele topar. Paolo vinha correndo 10km por jogo. É o que eu digo aos atacantes, que eles estarão mais próximos de fazer gols se iniciarmos a marcação. E o atacante é egoísta, quer fazer gol. E eu quero que sejam assim. Se roubamos a bola no ataque, estamos a 10 metros de fazer o gol e já se gera uma situação de gol. Se voltamos todos atrás, vamos ficar a 50 metros da goleira rival”, acrescentou.
Sem Guerrero, com lesão no joelho e recuperação até 2021, o Inter volta a campo neste sábado, diante do Botafogo, 17h, para tentar seguir na liderança do Brasileirão.